Surgindo no cenário musical do Brasil, Mochakk (também conhecido como Pedro Maia) é puro coração e paixão. Ele simplesmente adora música e está sempre faminto por aprender coisas novas, o que o inspira a criar coisas incríveis.
Se você já viu ele em ação, sabe que ele vive a música de coração. O cara expressa seu amor pela música de uma maneira super intensa, muitas vezes de forma bem física. Ele também é fera em escolher músicas e já tocou em clubes famosos mundo afora, como o DC-10. E as músicas que ele cria mostram uma sonoridade super variada.
Ele domina os palcos pelo mundo com muita energia, bom humor e sua personalidade incrível, e está construindo a base para um legado duradouro.
Com um montão de conhecimento nas costas, e ainda só nos seus vinte e poucos anos, Mochakk já se firmou como uma força vindo do Brasil. Com milhões de fãs ao redor do mundo, ele usa sua plataforma crescente para dar destaque a outros artistas do Brasil, junto com uma lista interminável de coisas que ele adora.
Confira o bate papo exclusivo que tivemos com Mochakk sobre seus novos lançamentos, suas inspirações do house clássico, hip-hop e timbres atuais, além de falar sobre suas últimas memoráveis apresentações em festivais e eventos conceituados mundo a fora.
1- Parabéns pelo seu lançamento de estreia na CircoLoco Records com "Jealous". Pode nos contar mais sobre a inspiração por trás dessa faixa e o que ela significa para você?
Se você me dissesse há dois anos que eu teria lançado uma track com a CircoLoco Records, eu não teria acreditado... É muito legal ter meu primeiro lançamento com eles. Eu queria resgatar aquele som clássico de house music com 'Jealous' e, ao mesmo tempo, criar algo com uma sonoridade atual. ‘Jealous’ é uma das minhas faixas favoritas e a mais requisitada pelo público durante o último ano.
2 - "Jealous" apresenta um vocal clássico de "Dreamin" de Loleatta Holloway. O que o atraiu nesse vocal em particular e como você o incorporou na track com este toque moderno?
'Dreamin' é uma daquelas músicas atemporais que combinam muito bem com a música eletrônica. Pra dar um toque mais atual sem perder a essência disco, acelerei as batidas para trazer mais dinâmica e combinei a melodia e os vocais com uma bassline potente chegando no resultado final. Eu sou totalmente a favor dessa cultura de sample e acredito que seja uma ferramenta fundamental e criativa na música; sem os samples, a gente não teria hip-hop nem o funk brasileiro, por exemplo.
3 - "Jealous" faz parte do seu próximo EP. Pode nos dar uma prévia do que podemos esperar do restante do EP?
Meu som evoluiu muito desde as minhas primeiras tracks, mas sempre mantendo a minha cara. Vai ter muita novidade, estou sempre buscando inovação, seja explorando novas sonoridades ou colaborando com novos artistas.
4 - Seu single anterior, "NO8DO", foi produzido para sua apresentação no Cercle na Plaza de España, em Sevilha, Espanha. Como se apresentar em locais únicos como este influencia seu processo criativo e sua música?
Foi muito inspirador estar em um lugar tão bonito e com uma energia tão incrível do público. É um daqueles momentos em que você realmente percebe como é legal poder viajar pelo mundo fazendo o que eu amo. Ver novos lugares e conhecer novas pessoas faz minha criatividade fluir, o que é muito importante para encontrar novas inspirações para minha música.
5 - "Jealous" tem uma vibe distintiva de house music clássica de Chicago. Como você vê esse equilibrio entre o house clássico e ao mesmo tempo beats modernas em suas tracks?
Curto misturar gêneros musicais diferentes nas minhas músicas e nos meu sets, porque no fim das contas, quero criar músicas que eu mesmo gostaria de escutar sem colocar barreiras limitantes. Acho que tem um monte de samples legais e influências de músicas antigas que ainda não foram totalmente exploradas, então busco incorporar isso na minha música e criar coisas novas com elementos surpreendentes.
6 - Você em pouco tempo tem uma carreira notável, com sucessos como "Da Fonk" e "Diu Diu Lai", além de remixes de destaque. Qual foi o momento mais memorável de sua carreira até agora?
Lançar minha primeira faixa com a CircoLoco Records e fazer um set para a Cercle com certeza foram sonhos que eu não esperava que acontecessem tão cedo. Mas também tocar em Ibiza no DC-10 e em lugares como Barcelona e na Itália foi incrível. Além disso, conhecer pessoas que são grandes inspirações para mim, como Seth Troxler e The Martinez Brothers, e ter a oportunidade de colaborar com eles foi simplesmente surreal.
7 - Seu remix de "Express Yourself" de Diplo alcançou um grande sucesso. Qual foi a sua abordagem ao reimaginar uma faixa tão conhecida e o que você acha que diferenciou seu remix?
O que eu acho que diferenciou meu remix foi ter criado uma versão totalmente desprendida da versão original, liberdade criativa é sempre um ótimo combustível para tirar novas idéias da cabeça.
8 - Você foi nomeado um dos Future New Stars of 2023 pela BBC Radio 1. Como esse reconhecimento impacta sua carreira e quais são suas aspirações para o futuro na música eletrônica?
Quero continuar crescendo como artista e realizar mais projetos e sonhos que eu ainda tenho e continuar trazendo a minha música para as pessoas ao redor do mundo. Também quero criar uma plataforma para apoiar outros artistas e formas de arte que eu acredito.
9- Você se apresentou em diversos festivais e locais em todo o mundo, desde o Coachella até o Sonar. Como a energia e a vibração de diferentes públicos e locais influenciam seus DJ Sets?
Cada festival e local tem sua própria energia. Nos festivais maiores como o Coachella e o Sonar, tento misturar estilos e gêneros para incluir todo mundo no movimento e manter a energia alta. Nos meus club sets, exploro caminhos mais experimentais com sons mais profundos e progressivos mantendo a atmosfera mais intimista.
10 - Além de sua carreira musical, você tem a visão de usar sua plataforma para destacar outros artistas do Brasil. Pode nos contar mais sobre seus objetivos em apoiar e promover artistas brasileiros?
Com certeza! Uma parte fundamental da minha visão é usar minha plataforma como artista e minhas colaborações e projetos futuros para destacar e apoiar outros artistas brasileiros. O Brasil é um país incrivelmente rico em talento musical, com uma diversidade de estilos e influências que merecem ser celebradas e compartilhadas com o mundo. Também quero ser um embaixador da música brasileira no cenário global, mostrando ao mundo a diversidade e a riqueza dos sons do Brasil e como nossa influência tem crescido bastante na cena eletrônica mundial.
11- Com sua formação em hip-hop e seu amor pela house music, como esses dois gêneros se misturam em seu processo criativo e ainda, você se vê explorando outros gêneros no futuro?
Com certeza, não gosto de me limitar a um estilo ou a um gênero. Há tanta música legal por aí e eu gosto de me aprofundar em gêneros diferentes, mas também gosto de buscar inspiração nas minhas próprias influências que eu tive na minha infância ou quando comecei a entrar no meio musical.
12 - Por fim, o que vem por aí para Mochakk? Quais projetos ou colaborações futuras você pode compartilhar com seus fãs?
Estou planejando lançar muita música nova no próximo ano. Além disso, teremos shows muito especiais e colaborações com artistas que já estão me deixando com frio na barriga.
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