Os últimos anos tem sido fantásticos para a cena eletrônica nacional, com muitas revelações, grandes talentos se consolidando e nomes se consagrando no cenário mundial. Mas, o que esperar da nossa cena em 2017?
A crise econômica brasileira que estamos enfrentando há mais de dois anos mexeu, e bastante, com o cenário eletrônico nacional. Com a alta do dólar, cachês internacionais ficaram super inflados e, aliado à queda do poder aquisitivo do público, tornaram inviáveis qualquer super contratação de artistas gringos.
A consequência disso – não só pela crise, mas também pelo momento perfeito onde diversos artistas nacionais estavam começando a trilhar seu caminho, com produções musicais de alto nível caindo no gosto do público – foi a aposta dos produtores de eventos em colocar artistas nacionais como headliners, antes ocupados somente pelos gringos.
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Descobrimos muita gente boa! Descobrimos que aqui em casa também tem gente que lota clubs com música boa! Descobrimos que pode sim ter um festival inteiro só com artistas nacionais e ainda sim ser lucrativo para os produtores.
Foi uma fase ótima, de crescimento pra todos nós do meio da música eletrônica.
Em 2017, imagino que esta tendência continue, porém com menos força do que nos últimos dois anos. Podemos perceber também um movimento, mesmo que ainda tímido, dos nossos produtores de eventos nas festas de verão deste ano. Aparentemente, já sentiram a segurança necessária para apostar novamente em nomes internacionais e medir a aderência do público aos novos sons vindos de fora.
É uma tendência natural voltarmos a ver grandes nomes internacionais por nossas festas, o diferencial de agora comparado aos anos que se passaram, é que artistas nacionais não serão apenas mais um nome pequeno, do lado do gringo no flyer, mas agora sim fazem parte da grande atração da festa, com a foto do mesmo tamanho do gringo.
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