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Balanço do Coritiba revela dívida crescente e gastos com futebol

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Esportes Gazeta do Povo
30/04/2018 13:37 - Atualizado: 27/09/2023 19:31
Balanço 2017 do Coritiba
Balanço 2017 do Coritiba

O balanço financeiro de 2017 de Coritiba  não traz alento à torcida alviverde. O clube gastou mais com o futebol no ano passado, mesmo com o rebaixamento, e aumentou a dívida global.

O ano passado fechou com um acumulado de dívidas na casa de R$ 8,7 milhões. O número é expressivo de certa forma, pois em 2016 o Coxa fechou a temporada com R$ 11 milhões no vermelho e em 2015 o saldo negativo havia sido de R$ 16,4 milhões.

O abatimento expõe o avanço do clube na negociação de atletas, com quase R$ 20 milhões gerados com negociações.

O relatório está escondido no site oficial do clube, com pouca visibilidade aos frequentadores da página. No total, o déficit acumulado do Coritiba é de R$ 151,4 milhões e a dívida total é de R$ 246,1 milhões.

Chama a atenção que a conta negativa evidencia o drama na gestão orçamentária do futebol em 2017. O setor da bola gastou R$ 74,9 milhões, muito mais do que em 2016, quando investiu R$ 64,8 mi, mais ainda do que em 2015, com despesas de R$ 57,6 mi.

Basicamente há acréscimo nas contas do futebol profissional (R$ 62,3 mi), pois categorias de base e amortização de direitos econômicos seguiram no mesmo patamar dos últimos dois anos. Houve, no entanto, um investimento maior na formação de atletas.

Em 31 de dezembro de 2016, o clube apresentava um patrimônio líquido negativo de R$ 44.078.327, agora a conta subiu para R$ 52.799.987. O valor negativo patrimonial mostra a insolvência coxa-branca neste momento. Em outras palavras, de acordo com o documento, seus bens não cobrem as dívidas.

Sobre o capital de giro, uma conta simples e assustadora é trazida no balanço. A gestão Rogério Bacellar, terminada em 2016, gerou R$ 5,2 milhões em receitas (metade do obtido no exercício anterior) e provocou um passivo circulante de R$ 54.484.903, quase 10 milhões a mais do que em 2016.

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O contador que assina o balanço, contratado por ser de uma auditoria independente, é pessimista. “Concluímos sobre a adequação do  uso, pela Administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas,  se  existe  incerteza  relevante  em  relação  a  eventos  ou  condições que  possam  levantar dúvida significativa  em  relação  à  capacidade de continuidade operacional do Coritiba Foot Ball Club (…)”.

“Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar o Coritiba Foot Ball Club a não  mais  se  manter em continuidade operacional”, finaliza.

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