Enfim, um domingo de bom futebol

Amigos blogueiros, enfim um domingo com bom futebol no Campeonato Paranaense. Ainda não foi aquele primor, mas já tivemos jogos interessantes, pelo menos dois golaços (não vi os gols do interior), algumas bolas na rede e mais um técnico na rua. Vamos lá…
O que é isso, Ivo?


Grande flagra de Cristian Rizzi, o sutil toque de Hugo que decidiu a partida em Foz.
Ainda estou tentando decifrar a intenção de Ivo Wortmann ao sacar o Hugo para a entrada do Vicente.
Claro, do ponto de vista tático ele preferiu um ataque mais rápido e um meio mais reforçado a depender apenas de um cara de referência e perder mais um marcador no meio. Mas, se era para fazer isso, por que cravar a entrada do Hugo, deixar o jogador na expectativa de iniciar a partida e depois deixá-lo no banco?
Pelo menos, psicologicamente não teve reflexos. Hugo entrou no segundo tempo e fez um golaço, gol de centroavante talentoso, tabelando com Marcos Aurélio e tirando do goleiro com um balãozinho. Mas taticamente foi quase suicida. O Coxa perdeu um tempo inteiro jogando em um esquema que deu errado.
Os trapalhões quase estragam um jogaço


A zaga do Londrina reclama do pênalti mal marcado por Selmo dos Anjos no primeiro tempo.


No fim do jogo, foi a vez de Paulo Comelli reclamar do juiz.
Em menor ou maior intensidade, vi todos os jogos envolvendo o trio de ferro e o Londrina neste Estadual. Não é muito, mas já é alguma coisa. Pelo menos me permite dizer: Paraná e Londrina fizeram o melhor jogo do Paranaense – que eu vi, ressalto.
Pena a arbitragem catastrótica de Selmo Pedro dos Anjos e seus auxiliares José Amilton Pontarollo e Willian Bigaski. Hoje, o Paraná tem dois excelentes árbitros, Héber e Roman. Dois já com alguma tarimba, Denival e Maurício Batista. E uma garotada. É normal que erros aconteçam nesse processo de renovação, mas nem por isso eles são aceitáveis.
Cada um deu sua contribuição. Primeiro o Bigaski, com o impedimento do Wellington Silva no segundo gol anulado – o primeiro estava mesmo irregular. Depois o Selmo, por dar um pênalti em que a bola bateu no ombro do londrinense, e não o contrário. E por fim, o experiente Pontarollo, que conseguiu não ver a entrada da bola chutada rente à grama por Agenor. No fim, um 3 a 2 para o Paraná virou 2 a 1 para o Londrina.
Fora isso, bom goleiro esse Fernando, do Londrina, que fisicamente lembra o Vanderlei. Muito bom também o Ricardo, jogador de 22 anos, que veio do Arapongas e tem contrato com o Londrina até 1º de junho do ano que vem. Se eu sou dirigente do LEC, amplio logo o vínculo. E seu eu sou dirigente de um time da capital, ia logo atrás dele para contratá-lo.
No Paraná, Wellington Silva desencantou. Pode anotar: vai meter muito gol.
Por outro lado, João Paulo e Jonathan são nitroglicerina pura. O JP levou um comes vergonhoso no gol do Ricardo. E o Jonathan estava marcando o colega de zaga no gol do Borges.
Rapidinhas do interior
Ratinho é o cara do Rio Branco. Estreou fazendo um gol e participando dos outros três no 4 a 2 sobre o Engenheiro Beltrão.
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Outro que, como diria Valmir Gomes, “tem bola no corpo” é Max, meia do Leão que marcou mais dois gols e divide a artilharia com Rafael Moura e Ricardo.
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“O jogo estava difícil, mas no intervalo eu fiz duas alterações que mudaram o jogo.” Esse foi Jonas Silva, técnico do Rio Branco, com uma desenvoltura de dar gosto.
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Nesta segunda de manhã tem mais um técnico na rua, é André Oliveira, do Engenheiro Beltrão. Quem me garantiu foi Luiz Linhares, presidente do Aereb.
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A saída será comunicada em uma reunião. À tarde o Linhares já pretende ter um novo técnico. Mas pelo menos no jogo com o Cianorte, quarta-feira, o técnico será o preparador físico Richard Malcom.
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“Temos alguns jogadores sem qualidade na zaga que o treinador insiste em escalar”, disse o presidente, demonstrando que a batata do André Oliveira já estava tostada.
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Os números dão razão ao dirigente. São 10 gols sofridos em 5 gols.
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Em Cianorte, o Cianorte confirmou sua condição de força do interior neste Estadual. Fez 3 a 0 no Iguaçu, na sua primeira vitória dentro de casa.
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Ponto para o Leão do Ivaí, que usou a Copa Paraná para formar o grupo atual e na virada do ano foi buscar alguns atletas que faltavam.
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E ponto também para o Nei César: campeão da Copa Paraná pelo Londrina e agora fazendo um bom trabalho em Cianorte.
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Ruim mesmo por lá, só o público. Pouco mais de 700 pagantes no Albino Turbay. Mas também, com ingresso a vintão.
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Outro time do interior a vencer a primeira em casa foi o Toledo. Apertado, 1 a 0 no Nacional, gol de Marcos Aurélio.
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O Marcos, aliás, é um dos poucos jogadores com mais de 30 anos no elenco do Javali. “Para um time com média de idade de 18 anos é bom ter o Marcos, com 32, e o Vágner (35, aquele do São Caetano) para cadenciar o time”, disse ao blog o técnico Sérgio Baresi.
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Em Paranavai, tudo igual para ACP e Iraty, no único 0 a 0 da rodada. Lio Evaristo foi abraçado antes do jogo pelos jogadores do Iraty, clube que treinou até uma semana antes do Estadual. Ficou emocionado com a recepção.
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Apesar da derrota, o ACP teve o que comemorar: Lio só tinha um atacante, Edenílson, à disposição (dois estavam machucados e um suspenso) e pela primeira vez no campeonato o Vermelhinho não teve ninguém expulso.
Estatísticas
Com 35 jogos disputados, o Paranaense já tem 80 gols. A média é 2,28, bem melhor que uma semana atrás – até terça fecho o comparativo com os outros estaduais.
Quem mais contribui para o aumento dessa média são o Atlético (melhor ataque, 11 gols) e o Aereb (pior defesa, 10 gols). Quem menos contribui é o Coritiba, melhor defesa (zero gol) e pior ataque (dois gols, ao lado do Iguaçu).
Quatro clubes estão invictos: Atlético, Cianorte, Toledo e Coritiba, os quatro primeiros colocados.
Golaços
Procurei os vídeos, mas não achei. Imagina que pela manhã eles estarão no ar, então coloco aqui. Mas desde já deixo a pergunta aos blogueiros. Qual o gol mais bonito de domingo, o de Hugo ou o de Ricardo?