Atlético e Paraná entram na semana do clássico pressionados. Mais o Tricolor, que antes ainda terá o Mixto, pela Copa do Brasil, em uma situação que só pode piorar. Se matar a classificação em Cuiabá, apenas cumprirá sua obrigação. Se trouxer a decisão da vaga para a Vila, ficará com gosto de fracasso na boca – algo que pode se acentuar se o time empatar ou perder.
A autonomia de voo dada a Paulo Comelli começa a gerar turbulência na Vila. Dos contratados (todos por indicação dele), apenas Ney, Hernani e Lenílson deram certo (os dois últimos, em alguns momentos). Sem falar no mico pago pelo treinador de ter contratado jogador por vídeo, algo que ele mesmo admitiu. Dá para confiar nele para indicar a contratação do substituto de Elvis?
Do lado do Atlético, o time começa a pagar pela manutenção do elenco que quase foi rebaixado no Brasileiro. A diretoria argumentava que esse elenco havia mostrado capacidade com a boa campanha na reta de chegada do Nacional. Sigo discordando. No desespero é muito fácil unir um grupo e fazê-lo dar resultado. Para aguentar uma temporada inteira, é preciso qualidade.
O Atlético só convenceu na vitória sobre o Foz. Fez o necessário para vencer Rio Branco e J. Malucelli, não mereceu vencer o Cascavel, foi mal no Atletiba e oscilou muito diante do Toledo. Não vi o jogo do Nacional, mas, por tudo o que li, também não foi lá que o bom futebol apareceu.
Fora de campo, outra encrenca para o Rubro-Negro explicar. Ano passado, o então candidato José Henrique de Faria disse que a dívida do clube era de R$ 15 milhões, dado prontamente rebatido por Marcos Malucelli. Agora, pipocam informações de que o valor passado pelo reitor estava correto. É hora de a diretoria atual dar explicações.