SporTV mostra covardia do Atlético como retrato do futebol brasileiro
Lance do contra-ataque atleticano, com apenas dois atacantes, sem o apoio do time. Reprodução SporTV
O Atlético foi usado como modelo negativo de ‘jogo pelo resultado’ durante o programa Redação SporTV. Na manhã desta quinta-feira (17), o apresentador do debate esportivo mostrou uma imagem da partida entre o Furacão e o Fluminense, quando Nikão puxou um contra-ataque, mas foi abandonado pelos colegas. Pelas imagens, nitidamente optaram por proteger a defesa a buscar o gol.
“O Atlético conquistou um belo resultado como um visitante. Mas, aos 48 minutos do segundo tempo, tem um lance típico de quem não quer ganhar o jogo. O Nikão pega a bola, vai para o contra-ataque e cadê o time? Eles ficam parados. Não tem ninguém, ficaram parados. Esse lance, para mim, é emblemático do que tem sido o futebol brasileiro. É o resultado acima de tudo. O Atlético queria empatar, conseguiu um pontinho e nada mais importa. Deixaram o Nikão sozinho. Se dois jogadores corressem atrás da bola, ajudaria. Poderia ter ganhado o jogo. É um retrato do futebol brasileiro”, avaliou Rizek.
“Preferiram segurar o placar”, seguiu o jornalista, contrastando a atitude medrosa do Furacão com o estilo ousado da Chapecoense – segundo sua análise.
O jornalista fez um contraponto elogiando o time catarinense, que venceu o Botafogo na quarta-feira (16). “O Atlético abdicou de jogar, optando pelo empate, já a Chapecoense, mesmo vencendo por 2 a 0, veja as substituições que o [técnico] Caio Jr. fez quando vencia a partida: tirou o Kempes (atacante) e colocou um volante… Não, o Bruno Rangel, centroavante, fazedor de gols, maior artilheiro da história do clube. Aos 37, saiu Cleber Santana e entrou outro meia de criação, Arthur Maia. Por fim, saiu o Tiaguinho para a entrada do Ailton Canela, ambos atacantes. Olha a Chape jogando bola….”, elogiou.
Após a explanação e a volta do intervalo, o apresentador disse durante o programa que foi cobrado por torcedores do Atlético para mostrar mais exemplos de times que não buscam o gol. “É claro que existem outros”, ponderou.
Apesar do lance, quem viu o jogo sabe que ele não representou a partida. A equipe de Paulo Autuori buscou o resultado e esteve sempre no campo de ataque. Mas a imagem final foi a que ficou.
