A grande repercussão a cada acidente aéreo esconde um fato importantíssimo: voar é cada vez mais seguro. Parece até que as duas coisas não poderiam entrar na mesma frase. Mas, sim, um desastre na aviação comercial continua sendo muito raro.
E 2015 está aí para provar. Apesar do choque causado por dois grandes acidentes (Germanwings em março e Metrojet em outubro), foi o ano com menos registros com vítimas fatais. No total, sete desastres, um a menos que 2014, até então o ano considerado mais seguro. Os dados são da Aviation Safety Network e levam em conta aeronaves comerciais para mais de 14 passageiros e as estatísticas a partir de 1946, após o fim de Segunda Guerra Mundial.
O número é ainda mais positivo quando o aumento do tráfego aéreo também entra na conta. De acordo com estimativas iniciais da Organização Internacional da Aviação Civil (Icao, na sigla em inglês), 34 milhões de voos com passageiros foram realizados no mundo no ano passado. Isso significa que houve um acidente fatal a cada 4.857.000 voos.
A quantidade de vítimas, entretanto, foi a quinta melhor da história. Ao todo, 493 pessoas morreram em acidentes em 2015, perdendo para 2013, 2012, 2011 e 2004.
Um acidente aéreo, claro, causa uma sensação de insegurança. É natural do ser humano ficar chocado com esses desastres. No entanto, é importante descolar um evento específico da indústria aeronáutica como um todo. Um acidente apenas não pode jogar por terra tudo o que vem sendo feito por todos os agentes envolvidos na aviação para reduzir ao máximo as ocorrências.
É óbvio que acidentes aéreos continuarão acontecendo. É impossível zerar essa estatística. De qualquer forma é fundamental que fabricantes, companhias aéreas, administradores de aeroportos, agências reguladoras e órgãos de controle do tráfego aéreo busquem o zero acidente. Assim, a aviação comercial será cada vez mais segura.
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