O acidente com o ATR 72-600 da TransAsia em 4 de fevereiro, em Taipei, ainda não foi solucionado, mas foi o pontapé para identificar diversos problemas que afetam a segurança da aviação comercial em Taiwan.
A investigação para apontar as causas do desastre do voo GE235, que ficou marcado pelas imagens fortes registradas em vídeo e pelas 40 mortes, revelou violações que as companhias aéreas do país têm cometido.
Entre elas está o desrespeito com as jornadas das tripulações. O limite de 12 horas diárias vêm sendo constantemente ultrapassado. O Ministério do Trabalho de Taiwan observou que a China Airlines e a própria TransAsia têm usado esse expediente em algumas das principais rotas das empresas: Taipei-Hong Kong e Taipei-Tianjin.
Além das duas companhias aéreas, outras sete estão na mira: V Air, Sunrise Airlines, Roc Aviation, Emerald Pacific Airlines, Dapeng Airlines, Great Wing Airline e Tigerair Taiwan.
A Administração de Aeronáutica Civil de Taiwan (CAA) também identificou falhas em procedimentos de reação a problemas nos motores, como o que ocorreu no acidente da TransAsian. Dez pilotos da companhia foram impedidos de pilotar depois dos exames feitos pelas autoridades.
Infelizmente é para isso que servem os acidentes aéreos, pelo menos do ponto de vista da segurança. São nas investigações que normas e procedimentos são adotados, além da melhoria na fiscalização das empresas.
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