Airbus A350-900 obteve autorização da EASA para voar por 370 minutos com apenas um dos motores (Foto: Divulgação / Airbus)| Foto:
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A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) concedeu ao Airbus A350-900 a autorização para voar sem o funcionamento de um dos dois motores por até 370 minutos. Isso significa que a aeronave, que está prestes a voar comercialmente, poderá cumprir rotas antes restrita a aviões com quatro motores, como o Airbus A380 e o Boeing 747.

Essas rotas são principalmente as transoceânicas, como as que ligam a América do Sul à Africa do Sul ou à Austrália. Ou também as que conectam os Estados Unidos ao sudeste asiático e Austrália. É uma boa opção para companhias aéreas que não queiram investir em modelos quadrimotores.

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A certificação, chamada de ETOPS (Operações Extendidas para Aeronaves Bimotoras), foi uma importante conquista das fabricantes de aeronaves e companhias aéreas na década de 1980 para permitir que aviões bimotores pudessem voar além de 60 minutos afastados de um aeroporto de alternativa para pouso no caso de um dos motores parar de funcionar.

Aos poucos esse limite foi aumentando, passando por 120 minutos, 180 minutos e 240 minutos, de acordo com o ganho de tecnologia. Em maio deste ano, a Boeing conseguiu na Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) a autorização para que o Boeing 787 voasse no ETOPS 330, ou seja, 330 minutos longe de um aeroporto.

Esses dois casos mostram o nível de confiança que a aviação comercial atingiu, afinal é difícil imaginar que um avião de 192 toneladas (mais combustível, carga e pessoas), transportando até 440 passageiros, possa voar com apenas um motor por cerca de 6 horas. Testes, no entanto, comprovaram que voa.

Isso significa que a tendência das companhias aéreas de trocarem aeronaves quadrimotoras por bimotores pode se intensificar. Além de poder cumprir rotas antes restritas, podem economizar bastante dinheiro com o consumo de combustível, que é o maior custo nas contas das empresas aeroviárias.