O órgão de investigação de acidentes aéreos da Holanda (OVV) vai reconstruir uma parte do avião da Malaysia Airlines, abatido sobre o leste da Ucrânia no dia 17 de julho quando cumpria o voo MH17 entre Amsterdam e Kuala Lumpur.
Ao colocarem todos os destroços e partes do Boeing 777-200ER novamente nos seus devidos lugares, os investigadores terão melhores condições para determinar o local e de que forma o míssel disparado atuou sobre a aeronave para derrubá-la.
Apesar de não ser muito comum esse tipo de técnica, a reconstrução é importante em alguns casos, dependendo da natureza do desastre.
Foi a esse caminho que investigadores do National Transportation Safety Board (NTSB), o órgão norte-americano, recorreram para chegar às prováveis causas do desastre do voo TWA 800, que caiu sobre o Oceano Atlântico, perto da costa dos Estados Unidos, em 1996.
Após a recuperação dos destroços no fundo do mar, foi feita a reconstrução da aeronave em um hangar na cidade de Calverton, no estado de Nova York. Quatro anos mais tarde, o NTSB concluiu que uma explosão em um dos tanques de combustível partiu o avião em pleno ar.
A estrutura do Boeing 747, aliás, ainda existe. Depois de terminada a investigação, ela foi levada para um dos prédios do NTSB em Ashburn, em Virginia, para ser usada no treinamento de novos investigadores.
Outra investigação que usou o mesmo artifício foi a do voo Swissair 111, que também caiu no mar, na costa leste do Canadá, em 1998. Parte do MD-11, especialmente a cabine de comando, foi reconstruída pelo Transportation Safety Board (TSB) canadense. Ficou comprovado que um curto circuito em um fio elétrico sobre a cabine iniciou um incêndio que inutilizou os sistemas do avião.
No caso do voo da Malaysia Airlines, já é sabido que um míssel atingiu o avião. No entanto, é necessário comprovar essa teoria e mais importante que isso, encontrar formas de evitar que novos desastres como esse ocorram no futuro. Isso tem a ver com mudanças de procedimentos e até mesmo na criação de novos equipamentos de prevenção e mesmo de reação.
Reconstruir o Boeing 777-200ER, porém, tem um obstáculo. A região onde estão os destroços é de conflitos. Combatentes pró-Rússia tentaram inclusive evitar o acesso de investigadores ao local e dificultaram a retirada dos corpos das vítimas. Essa é uma questão que o órgão holandês terá de resolver para avançar nas investigações.
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