Sem muito – ou quase nenhum – alarde, a Azul inaugurou nesta semana uma loja virtual para comercializar produtos com a marca da empresa. São miniaturas de aviões, pôsteres, canecas, camisetas, acessórios para telefones celulares, almofadas, entre outros.
Só agora, diante dessa novidade, notei que as companhias aéreas brasileiras não tinham esse canal de relacionamento com o cliente – mais que simplesmente um canal de venda. A Azul agora tem, mas Avianca, Gol e TAM continuam sem.
A Azul, claro, não descobriu a roda. Ter uma loja virtual, ou mesmo física, com produtos licenciados com a identidade visual não é fato novo. Muitas companhias aéreas norte-americanas, europeias e asiáticas estão nesse caminho há tempos. Atendem não apenas os clientes, mas os admiradores pela marca e aficionados por aviação.
Em geral são empresas consolidadas, com marcas extremamente fortes e internacionais. É assim com a United Airlines, Air France, Lufthansa, Southwest, KLM, e assim por diante. Companhias que criaram uma relação estreita com os passageiros, que deixaram de ser apenas clientes para também serem entusiastas.
No Brasil, a impressão (minha) é de que a Azul criou em pouco tempo essa empatia com os passageiros. É uma empresa admirada. Inclusive nasceu de um contato direto com os brasileiros, que lá em 2008 puderam sugerir e escolher o nome da aérea (venceu Samba, mas o fundador David Neeleman decidiu por Azul, mas isso é outra história).
Uma admiração que, obviamente, ainda não chega perto em relação ao que o brasileiro tinha pela Panair do Brasil, Varig ou Transbrasil, por exemplo. É questão de tempo. Mas mesmo assim não vejo Avianca, Gol e TAM, pelo menos por enquanto, com um grau de proximidade tão acentuado com seus os passageiros como a Azul.
Mas quem sabe criar um canal como esse não seja uma forma de se aproximar e mesmo medir como está a relação entre empresa e passageiro. Fica a sugestão. Clientes aficionados por aviação, como eu e tantos outros, teriam certamente.
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