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Cena comum no aeroporto Afonso Pena durante o inverno (foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)
Cena comum no aeroporto Afonso Pena durante o inverno (foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)| Foto:
Cena comum no aeroporto Afonso Pena durante o inverno (foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Cena comum no aeroporto Afonso Pena durante o inverno (foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)

Uma demanda antiga dos passageiros do aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, o sistema ILS Cat IIIA – que permite aproximações com teto menor que 30 metros e visibilidade horizontal de até 200 metros – ainda está em processo de instalação e não tem data para entrar em operação. E mesmo quando estiver em funcionamento, não há garantia de que os passageiros sentirão os benefícios.

É que não basta ter o equipamento. Depende também das companhias aéreas, que precisam homologar aeronaves e tripulações para operarem em condições climáticas que exijam aproximações dessa natureza.

Hoje, nenhuma tripulação ou avião das quatro principais companhias aéreas brasileiras que operam no Afonso Pena tem essa autorização. Somente o Boeing 777-300 da TAM e seus respectivos pilotos são autorizados a operar Cat IIIA. No Brasil, só usufruem do Cat IIIA no aeroporto de Guarulhos, único do país que tem o sistema em funcionamento.

O custo para treinar pilotos e mecânicos – e mantê-los homologados – é muito alto e o investimento pode não compensar, já que pousos com visibilidade e teto quase zero representa a mínima parte de todos os voos no Brasil.

Em 2014, por exemplo, o aeroporto Afonso Pena ficou fechado por 42 horas e 15 minutos devido a condições climáticas. Isso representa quase dois dias no ano. Para as aéreas, é mais barato assumir os prejuízos com cancelamentos e remarcações de passagens do que manter toda a equipe homologada.

Ao mesmo tempo em que o investimento é pesado para as companhias aéreas, é da mesma forma para os administradores dos aeroportos. A Infraero já investiu quase R$ 50 milhões com equipamentos e obras para o Afonso Pena receber o ILS Cat III, sem contar gastos para adequações da pista.

Hoje, o terminal em São José dos Pinhais tem na cabeceira principal (15) o ILS Cat II, no qual a aproximação pode ser feita com teto entre 30 e 60 metros e visibilidade horizontal de até 350 metros. A cabeceira 33 conta com ILS Cat I, mas o ILS Cat II está em instalação.

A Azul comunicou que tem homologação ILS Cat II para todas aeronaves e que considera suficiente para operação atual. Mesmo assim, pretende buscar homologação para ILS Cat III, mas ainda sem data para implementação.

A Gol disse que está homologada para aproximações até ILS Cat II e que no momento não planeja utilizar o ILS Cat III.

A TAM informou que os aviões Boeing 777-300 e as respectivas tripulações estão homologados para ILS Cat III, mas que está trabalhando para homologar outros aviões e tripulações.

A Avianca Brasil não respondeu à solicitação da reportagem.

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