Primeira decolagem do Boeing 737 MAX 8 (Foto: Stephen Brachear/AFP)| Foto:
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O primeiro Boeing 737 MAX decolou às 15h47 (de Brasília) desta sexta-feira a partir do aeroporto de Renton, no estado de Washington, nos Estados Unidos, para o voo inaugural de testes. Apesar do tempo chuvoso, o voo foi mantido.

O avião, um 737 MAX 8 (versão mais nova do 737-800), começou a ser produzido em junho de 2015 e foi apresentado oficialmente em 8 de dezembro. A partir desse primeiro voo de testes, a expectativa da fabricante norte-americana é entregar a primeira aeronave para a Southwest Airlines, cliente de lançamento, no terceiro trimestre de 2016.

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A principal novidade da família MAX é o novo motor CFM LEAP-1B e os custos operacionais que, segundo a Boeing, são 8% menores em relação ao concorrente Airbus A320neo, que por enquanto saiu na frente (o primeiro avião já foi entregue à Lufthansa em janeiro deste ano).

Evolução
O 737 MAX é a quarta geração do avião comercial de maior sucesso no mundo. Um projeto que começou na década de 1960 e precisou se adaptar à demanda das companhias aéreas e mesmo se reinventar durante todos esses anos.

O primeiro 737 voou em 9 de abril de 1967, ou seja, há quase 49 anos. Era um 737-100, o menor de todos os outros que se seguiriam. Não fez tanto sucesso, já que o 737-200, lançado logo depois e com maior capacidade, teria vida muito mais longa. A versão -200 ainda ganhou uma variante, a -200 Advanced, com atualizações aerodinâmicas, nos motores e nos sistemas de navegação.

No final de década de 1970, a versão Original (apelido que veio mais tarde) já não satisfazia as empresas aéreas e precisava de uma repaginada. A Boeing, então, apostou nos Classics, com atualizações importantes, principalmente nos motores, que deixaram de ser turbojatos e passaram a ser turbofans, mais eficientes e silenciosos.

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A segunda geração teve três variantes: -300 (o voo inaugural foi em 24 de fevereiro de 1984), -400 e -500. O 737-400 era o mais longo e com maior capacidade até então.

A concorrência no fim do século passado, principalmente vinda da Airbus com seus A319 e A320, obrigaram a Boeing a reagir e apresentar importantes atualizações. A resposta foram os 737 Next Generation, que contavam com quatro variantes: -600, -700, -800 (esta a mais vendida na história) e -900.

A grande mudança ocorreu dentro do avião, no cockpit (cabine de comando). Era o fim dos “reloginhos”. Agora, a aposta era no glass cockpit, com telas de LCD e no repaginado piloto automático. E entre outras várias atualizações aerodinâmicas, a mais visível foi a instalação opcional de winglets na ponta das asas, para melhorar o desempenho.

O primeiro voo, do 737-700, aconteceu no dia 9 de fevereiro de 1997, há quase 20 anos.

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E aqui chegamos ao 737 MAX, uma evolução natural dos Next Generation. A grande alteração são os motores, mais modernos e econômicos, fator muito importante para as companhias aéreas nesse começo de século. E, claro, menos poluentes.

Mesmas características
Diante de toda essa evolução do 737, a Boeing fez de tudo para manter as características básicas do modelo. E isso é bem claro. Ao olhar para o 737 MAX, vê-se muito mais semelhanças do que diferenças em relação, por exemplo, a um 737-100, o primeiro de todos, e que hoje só é possível encontrar em museus.

Os traços básicos estão lá, em todas as gerações. A fuselagem semelhante ao irmão maior, o 707, as asas, as superfícies de controle de voo, o trem de pouso… Apesar de algumas alterações de projeto, o básico está lá.

Talvez o que mais chame a atenção, pelo menos em relação aos primeiros 737 (-100 e -200), sejam os motores. Mais finos no começo, “engordaram” nas versões seguintes com a troca dos turbojatos por turbofans. Além disso, mais silenciosos.

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