O aeroporto de Cascavel é disparado o que mais cresceu no Paraná nos últimos anos. De 2009 a 2015, o movimento aumentou 441%, saltando de 55.648 para 245.452 passageiros por ano.
Um crescimento intimamente ligado à infraestrutura. Em 2010, a pista que tinha 1.600 metros de comprimento ganhou outros 270 metros e na largura saiu de 30 metros para 45 metros, com reforço no asfalto para poder receber aviões de até 80 toneladas. Sem contar obras no pátio e no terminal de passageiros.
Esse foi o gatilho para que Cascavel se tornasse uma espécie de polo do transporte aéreo na região Oeste do estado. “São mais de 50 municípios. São muitos passageiros da região que usam Cascavel para poder viajar e que antes tinham de ir para Foz do Iguaçu. Agora está bem mais fácil”, analisa Paulo Gorski, presidente da Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito), ligada à prefeitura de Cascavel.
Hoje, o aeroporto tem ligações diretas com Curitiba e Campinas pela Azul e com Guarulhos pela Passaredo, ambas empresas operando com aeronaves turboélice ATR-72.
Para que consiga continuar crescendo, o aeroporto depende de uma nova melhoria da infraestrutura para que possa receber jatos, como os Embraer E190 e E195 da Azul ou mesmo os Boeing 737-800 da Gol ou os Airbus A319 e A320 da Avianca e TAM.
A Azul,l por exemplo, informou que por enquanto não tem planos de iniciar operações com jatos no aeroporto. “A empresa continua estudando essa possibilidade, mas a infraestrutura do aeroporto ainda não é adequada para operações regulares com essas aeronaves.”, diz a nota.
O que trava essa questão é uma exigência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac): separação mínima de 150 metros entre o eixo central da pista até qualquer edificação. Sem isso, somente os turboélices continuarão operando.
A Cettrans tenta responder com a construção de um novo terminal de passageiros – para 400 mil passageiros/ano -, que está 30% pronto e que vai substituir o atual, que será demolido na sequência. Os hangares também terão de mudar de local para se adequarem à norma da Anac.
“Já era para [o novo terminal] estar pronto, mas algumas situações técnicas do projeto e as chuvas na região não permitiram. A expectativa é que dentro de do máximo seis meses o novo terminal esteja em operação”, projeta Gorski.
O atraso também teve a ver com o travamento no repasse de recursos do governo estadual, responsável por 70% da obra – o restante é investimento da Secretaria de Aviação Civil (SAC). Somente no fim de 2015 os pagamentos foram retomados.
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