O Estado do Paraná anunciou nesta quarta-feira (16) que Maringá vai receber uma unidade de fabricação de peças e partes, além de um centro de operações, da Irkut, fabricante de aeronaves da Rússia.
O foco da empresa é fazer do Brasil um braço na América Latina para a produção do MC-21, um avião de passageiros que está em fase de montagem na cidade de Irkutsk, na Rússia, e deve voar pela primeira vez em 2016.
O MC-21 terá três variações: MC-21-200, MC-21-300 e MC-2-400. Entre eles, muda-se basicamente o comprimento e a capacidade, que vai de 150 a 212 assentos, podendo chegar a 230 de acordo com a necessidade das companhias aéreas.
Em resumo, o avião russo é concorrente direto das duas gigantes Airbus e Boeing, com suas aeronaves das famílias A320 e 737, respectivamente. Como bate de frente com elas, é difícil imaginar que veremos um MC-21 voando pelo Brasil. Ou seja, a unidade em Maringá vai atender basicamente o mercado externo, quem sabe, de um ou outro país da América Larina também.
O plano da Irkut, aliás, não é muito ambicioso. A expectativa é vender 1.000 aviões nos próximos 20 anos. Só as famílias remotorizadas A320neo e 737 MAX possuem, juntas, 7.062 encomendas firmes. Por enquanto, o MC-21 só recebeu 175 encomendas firmes.
Como o MC-21 vem para substituir o Tupolev Tu-154 e o Yakovlev Yak-42, aviões que atenderam e ainda atendem companhias aéreas da Rússia e das antigas repúblicas da União Soviética, e esse é o mercado que a Irkut busca. Não à toa que o governo russo injetou no ano passado 400 milhões de dólares no projeto.
Por enquanto, apenas companhias aéreas da Rússia fizeram pedidos pelo MC-21. Entre elas a Aeroflot, a principal delas. Na lista ainda tem Rostec, IrAero, Transaero, UTAir, Red Wings Airlines, além da empresa de leasing, Ilyushin Finance Co.
É uma forma de tentar recuperar espaço nas próprias companhias aéreas russas, que ao longo das últimas duas décadas abriram mão das aeronaves fabricadas no país por modelos da Airbus e da Boeing, mais modernos e econômicos.
A promessa da Irkut é de que o MC-21 seja cerca 15% mais eficiente em relação aos concorrentes da Airbus e da Boeing, com custos de operação 20% menores e que economizará 15% a mais de combustível. O preço de tabela do avião fica em torno de 35 milhões de dólares.
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