A Embraer apresentou na manhã desta quinta-feira (25), em São José dos Campos, o E190-E2, avião da segunda geração de E-Jets da fabricante brasileira.
A aeronave, que tem o voo inaugural previsto para o segundo semestre deste ano e entrega para 2018, é mais que uma versão remotorizada da família E-Jet, sucesso de vendas no mercado de 70 a 130 assentos. Além do E190-E2, serão fabricados o E175-E2 e o E195-E2.
Sim, os motores são novos e apresentam avanços significativos, sendo mais eficiente, econômico e menos poluente. Mas ao contrário do Airbus A320neo e do Boeing 737 MAX, que têm poucos avanços além dos motores, o E190-E2 é um avião desenhado praticamente do zero.
A asa é nova, o sistema fly-by-wire é novo, há várias melhorias aerodinâmicas, o cockpit (cabine de comando) tem aviônicos novos, o interior foi renovado com compartimentos de bagagens maiores… Sem contar os ganhos de desempenho, como maior autonomia, que a Embraer promete entregar.
“Nós sempre estamos tentando fazer mais e é por isso que estamos aqui hoje. Para fazer do E2 a família mais eficiente de aiões para o mercado de 70 a 130 assentos”, resumiu o presidente e CEO da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva.
Assim, a fabricante acabou por apresentar a quinta família de aeronaves comerciais da sua história. Uma evolução ao longo de quase cinco décadas e que fica bem nítida pelas aeronaves que levaram a marca da empresa para todo o mundo.
No fim da década de 1960, quando o EMB-110 Bandeirante tomou os ares, a Embraer sequer existia – a partir da fabricação do bimotor para até 21 passageiros que a empresa foi criada. Foi, na verdade, o fruto do sonho de algumas pessoas.
A certeza do caminho certo na aviação comercial veio na década de 1980, com o EMB-120 Brasília, turboélice para 30 passageiros. Um sucesso de vendas no mercado regional, com 352 aviões entregues.
O grande avanço, porém, foi a família ERJ-145 (no início era EMB-145), o primeiro jato comercial da Embraer, em meados dos anos 1990.
Com capacidade para 50 passageiros, colocou a fabricante brasileira de vez na briga da aviação regional. A família ganhou irmãos mais novos (ERJ-140 e ERJ-135) e, no total, foram mais de 900 aeronaves voando pelo mundo.
O último passo antes do estágio atual foi o lançamento da família E-Jets, composta por quatro aviões (E170, E175, E190 e E195) para o segmento de 70 a 130 assentos.
Mais de 1.000 unidades voam e ainda voarão no Brasil e por companhias aéreas estrangeiras. E, de quebra, tornou-se a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo.
A Embraer tem sido certeira na avaliação de mercado para o desenvolvimento de novos produtos. A família E-Jets E2 deve seguir o mesmo caminho – até agora foram 267 encomendas pelos três modelos. A evolução certamente não vai parar por aí. E a pergunta que fica é: qual o próximo passo da Embraer?
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