O desaparecimento do Boeing 777-200ER da Malaysia Airlines, que cumpria o voo MH370 entre Kuala Lumpur e Pequim, completa dois anos nesta terça-feira (8).
Um período de muita desinformação e pouca certeza. Até agora não há indícios consistentes sobre o local da queda, possivelmente no Oceano Índico. As buscas continuam, mas exceto por peças encontradas longe dali, na ilha francesa de Reunião, as famílias dos 239 passageiros e tripulantes ainda aguardam notícias.
Esses dois anos também foram importantes para discussões a respeito da melhoria na segurança da aviação comercial, especialmente nas tecnologias de rastreamento das aeronaves e nas mudanças nas caixas-pretas, tanto de voz como de dados.
Nesta segunda-feira (7), a ICAO (Organização Internacional da Aviação Civil) anunciou novas emendas ao Anexo 6 da Convenção de Chicago (que rege a aviação comercial no mundo) que deverão estar em funcionamento até 2021.
São três principais pontos:
– A necessidade das aeronaves carregarem dispositivos de rastreamento autônomo capaz de transmitir informações de localização a cada minuto em situações de emergência;
– A necessidade das aeronaves serem equipadas com meios de recuperar informações do gravador de dados e fornecê-las em um tempo razoável;
– Estender a duração das gravações de vozes no cockpit (cabine de comando) para 25 horas, para que cubram todas as fases do voo em todo tipo de operação.
Essas mudanças, porém, não são tão simples de serem aplicadas. Elas dependem de tecnologias ainda em desenvolvimento e que precisam ser testadas por fabricantes de aeronaves e companhias aéreas. Por isso, não é garantia que o prazo de 2021 seja totalmente plausível.
De qualquer forma, a busca por tecnologias e padrões é importante para garantir mais segurança às operações aéreas. E se, nesse caso, não serão capazes de evitarem acidentes, ao menos garantirão uma resposta muito mais rápida a equipes de busca e salvamento. Seriam suficientes para, em alguns casos, salvarem vidas.
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