Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo

Modelo de avião que caiu em Curitiba tinha apenas um registro de acidente no Brasil

Cessna 177B Cardinal, modelo que caiu em Curitiba, em 30 de agosto de 2014 (Foto: Wiki Commons) (Foto: )

O Cessna 177, modelo de avião que se acidentou em Curitiba neste sábado (30), não tem registros significativos em relação à segurança. É uma aeronave confiável, assim como todas as da série 100 da tradicional fabricante norte-americana, e que não são poucas: 120, 140, 150, 152, 170, 172, 175, 177, 180, 182, 185, 188, 190 e 195.

No Brasil, o acidente deste sábado foi o segundo registrado, em circunstâncias semelhantes. Em 19 de dezembro de 2002, um C177 decolou de Luziânia (GO) com destino a Anápolis (GO), mas não ganhou altura suficiente e ao tentar um pouso de emergência em um pasto, chocou-se com fios da rede elétrica, caindo e incendiando-se. Apesar disso, o piloto e os três passageiros sobreviveram.

O Cessna 177, apelidado de Cardinal, entrou em operação em 1968 como substituto do modelo 172, o campeão de vendas entre proprietários de aeronaves e escolas de aviação desde a década de 1950. Foi uma evolução do irmão mais velho, com inovações principalmente na asa.

Capaz de transportar quatro pessoas, incluindo o piloto, o C177 é uma aeronave monomotor e pode atingir até 257 km/h em altitude de cruzeiro, que é de 14 mil pés (cerca de 4.450 metros). O alcance total é de pouco mais de 1.120 quilômetros. Para pousar, precisa de 182 metros de pista (claro, em condições propícias e ao nível do mar).

Apesar da boa performance, não fez o sucesso que a fabricante imaginava. Ao todo foram produzidos 4.295 modelos dessa aeronave entre 1968 e 1978, levando-se em conta as três variações: A, B e RG. O avião que caiu neste sábado era do tipo B, o 1.468.º a sair da fábrica.

Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), contando com o acidente em Curitiba, há 20 aviões desse tipo ativos no Brasil. Como comparação, o modelo 172, que permanece sendo produzido até hoje, soma 433 no país.

Ainda é cedo para precisar o que houve no acidente em Curitiba. A queda ocorreu em um momento crítico, que é a decolagem, e é necessário esperar a investigação que será feita pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) para saber as causas.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.