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O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) recebeu o registro de 142 avistamentos de balões não tripulados por parte de tripulantes de aviões no Brasil. O volume é semelhante ao mesmo período do ano passado, quando foram comunicadas 140 ocorrências. Só que na comparação com 2012 e 2013, o número é muito maior: 36 e 86, respectivamente.

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Além de ser crime ambiental, a soltura de balões representa um risco para as operações aéreas. O encontro de um balão com uma aeronave pode danificar a fuselagem e os motores. Dependendo da situação, pode ocasionar na queda do aparelho.

“Precisamos lembrar que a soltura de balão pode acarretar em graves consequências. Não é apenas uma prática cultural, os danos ambientais e para aviação podem ser enormes”, explica o tenente-coronel Francisco José Azevedo de Morais, do Cenipa.

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Os meses de maio, junho e julho são os que registram mais ocorrências, por ser o período de festas juninas e também porque as condições atmosféricas ajudam no voo dos balões. E

Por ter a massa composta basicamente por gases, os balões não são detectados por radares. Por isso, a comunicação entre tripulações e órgãos de controle de tráfego aéreo acaba sendo a principal forma para detectar e desviar dos artefatos.

“A comunicação sobre a localização dos balões é sempre feita pelos próprios pilotos quando se deparam com um, pelo controle de trafego aéreo ou pelos funcionários dos aeroportos. A partir daí, há uma disseminação da informação para que o desvio seja realizado por todas as aeronaves. Ele deve ser feito com antecedência e de forma suave, assim, os passageiros nem sentem a manobra evasiva, mas certamente aumenta o tempo do voo e desestabiliza a manobra que está em execução”, explica o consultor técnico da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Paulo Roberto Alonso.