Durante a apresentação dos resultados financeiros do quarto trimestre de 2014, na última segunda-feira (30), o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, disse que a empresa deve fazer uma readequação de suas rotas internacionais.
Mais do que um desejo, é uma necessidade. Com custos de operação cada vez mais altos, principalmente devido à desvalorização do real, a companhia aérea vai tentar recuperar as perdas vendendo passagens em dólar, priorizando mercados com demanda mais intensa.
“Vamos continuar a posição de alcançar o patamar de 16% a 17% das receitas em dólar entre 2016 e 2017”, projeta Kakinoff.
Para isso, porém, vai precisar acertar em cheio no rearranjo da malha internacional. Afinal, ao mesmo tempo que precisa vender passagens em dólar, os passageiros também vão comprar em dólar.
Só que o momento não é bom. Vide vários voos entre Brasil e Estados Unidos com pouquíssima gente a bordo. Por isso a importância de apostar em mercados mais aquecidos.
Hoje, a Gol voa para 15 destinos no exterior: Assunção, Buenos Aires, Caracas, Cordoba, Scarborough (Trinidad e Tobago), Seawell (Barbados), La Romana (República Dominicana), Miami, Montevidéu, Aruba, Orlando, Punta Cana, Rosário, Santiago e Santa Cruz de La Sierra.
É dentro desse universo que a Gol vai precisar se ordenar. Expansão para outros mercados está nos planos, mas a cautela deve prevalecer.
Até porque o limite da Gol é também geográfico. Com a frota padronizada com os Boeing 737-800, de corredor único e alcance limitado, não dá para ir além de algumas cidades dos Estados Unidos. Expansão para Europa, por exemplo, exigiria a incorporação de novos modelos de aeronaves e estratégias distintas, que não se encaixam na enxuta estrutura da companhia hoje.
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