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Boeing 777-200 da British Airways após ter abortado decolagem em Las Vegas (Foto: Steve Marcus/Reuters)
Boeing 777-200 da British Airways após ter abortado decolagem em Las Vegas (Foto: Steve Marcus/Reuters)| Foto:
Boeing 777-200 da British Airways após ter abortado decolagem em Las Vegas (Foto: Steve Marcus/Reuters)

Boeing 777-200 da British Airways após ter abortado decolagem em Las Vegas (Foto: Steve Marcus/Reuters)

As imagens do Boeing 777-200 da British Airways, de matrícula G-VIIO, pegando fogo no aeroporto de Las Vegas ganharam o mundo na terça-feira (8) e muita gente ainda não entendeu exatamente o que aconteceu. Mais que isso, a pergunta é o quão perto esse acidente ficou de ter se transformado numa tragédia, afinal havia 157 passageiros e 13 tripulantes a bordo.

Os fatos. A aeronave estava em procedimento de decolagem e os sistemas a bordo informaram uma falha no motor esquerdo e alerta de fogo. Por questões de segurança, já que o avião ainda não havia atingido a velocidade mínima para decolar, a tripulação cancelou a decolagem. Ou seja, aplicou os sistemas de frenagem (freios nas rodas, reversores e spoilers) e parou na pista.

Os freios atingiram uma temperatura altíssima, superior a 3.000 graus celsius, e como consequência, também pegaram fogo. Por isso a fumaça dos dois lados do avião.

Foi-se rapidamente verificado o fogo e a tripulação, então, pediu assistência dos bombeiros e determinou a evacuação do avião. Tudo seguido à risca pelos comissários. Em alguns segundos, os passageiros deixaram a aeronave. E em menos de quatro minutos, os bombeiros haviam controlado o fogo.

Basicamente foi isso o que aconteceu. E por mais assustador que seja (é óbvio que é assustador), esse acidente demonstra bem o quão segura pode ser a aviação, apesar das fortes imagens.

Há sensores para todos os lados dos aviões e um pequeno problema logo vira um aviso no painel de controle. Com tanto treinamento das tripulações, eles sabem exatamente como agir. Nesse caso, abortar a decolagem e pedir a presença dos bombeiros, que estão sempre de prontidão e chegam ao local da ocorrência em segundos.

Foi muito grave? Poderia ser, mas devido à agilidade da tripulação e dos bombeiros (leia-se muito treinamento), nem chegou perto disso.

Há fotos que mostram a fuselagem queimada, derretida, mas não se constatou dano estrutural. Da mesma forma, a asa que carrega toneladas de combustível resistiu ao fato.

Queimou-se o que poderia ser queimado e dentro do tempo para que se evitasse qualquer coisa a mais. Isso tudo é consequência de anos e anos de estudos e adoção de materiais adequados para a operação dos aviões e melhoria da segurança.

Mais que isso. Treinamento. Essa palavra é sagrada na aviação. Tudo é pensado, previsto e repetido milhares de vezes para que cada pessoa envolvida em uma operação aérea saiba o que fazer em qualquer situação. Exemplo é a calma da tripulação ao comunicar a emergência e pedir auxílio dos bombeiros.

Em resumo, as imagens foram mais fortes do que o perigo real que representou para a vida das 170 pessoas. E o mais importante: esse acidente será investigado profundamente e seus resultados servirão para evitar que novos episódios desse tipo aconteçam. E assim a aviação será ainda mais segura.

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