Pista do aeroporto de Maringá será ampliada e terá sistema de pouso por instrumentos (ILS) (Foto: Ivan Amorin / Gazeta do Povo)| Foto:

A fatia do Paraná na aviação comercial brasileira foi de 5,8% em 2013. Isso levando em conta o número de passageiros embarcados, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

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Olhando somente para a porcentagem, parece algo irrelevante no contexto nacional. É só impressão. Esses quase 6% colocam o Paraná na sexta posição em um mercado com outros 25 estados e o Distrito Federal. É o primeiro indício de que é algo significativo. Até porque quem está na frente na conta são estados de difícil concorrência: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais e Bahia.

Ao todo, 5.123.526 pessoas pagaram para embarcar em um voo comercial nos aeroportos paranaenses. O que deixa o estado à frente de Rio Grande do Sul e Santa Catarina na região Sul.

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E é um número muito próximo do baiano, que foi de 5.347.332. Uma diferença de 223.806 passageiros. Esse é o espaço que o Paraná pode abocanhar para entrar no ‘top 5’ da aviação comercial brasileira.

Para isso, vai depender muito do interior, já que o aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, está longe do Luís Eduardo Magalhães, em Salvador. São quase 1 milhão de passageiros embarcados a menos. Afinal de contas, o turismo conta muito a favor da da capital baiana.

Em razão disso que o interior vai pesar. Aliás, já pesa. Na comparação entre os dois estados, tirando as capitais, o Paraná transportou 657.571 pessoas a mais em voos comerciais.

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Isso é importante porque mostra que cidades como Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá têm fatia garantida e espaço para crescer. Pelo menos é o que diz um estudo da Urban Systems, que colocou os quatro aeroportos entre os 10 brasileiros com maior potencial de desenvolvimento econômico. Entre os 100, aparecem outros cinco: Ponta Grossa, Toledo, Paranaguá, Pato Branco e Campo Mourão.

O plano da Secretaria de Aviação Civil (SAC) é reformar aeroportos regionais de todo o Brasil, inclusive os paranaenses. Além dos citados acima, Bandeirantes, Francisco Beltrão, Guarapuava, Telêmaco Borba, Umuarama e União da Vitória estão na lista para receber investimentos.

Depois de fornecer qualidade e infraestrutura necessárias, as cidades terão um importante trabalho de seduzir as companhias aéreas, ainda mais com o programa de subsídios à aviação regional prestes a voltar à mesa.

É praticamente impossível imaginar que todos esses aeroportos paranaenses serão servidos por transporte regular de passageiros. No entanto, é muito possível que os atuais possam ser incrementados e que dois ou três possam voltar à ativa nos próximos cinco anos.

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Como “bônus”, deixo abaixo como era a malha aérea do Paraná no primeiro semestre de 1956. Com muito subsídio do governo e muita irresponsabilidade das companhias aéreas, 25 cidades paranaenses contavam com transporte aéreo regular. Uma história que deixo para contar com mais profundidade em breve.