“É para a TV?”. É assim que o criador da fanpage “Jornalismo da Depressão” deu abertura para o Bad, Bad Server começar as perguntas sobre o Dia do Jornalista, comemorado na última quinta (7). Sucesso no Facebook, a fanpage já registra mais de 165 mil curtidas e brinca com as situações vivenciadas pelos formados e estudantes de comunicação.
“Eu me chamo Rafe Aguiar, tenho mentalidade de 14 anos, 25 de nascimento, eu sou o futuro tio que faz as piadas do pavê”, brinca Rafael, que já é formado em Jornalismo, mas está desempregado. “Tudo aconteceu no dia 1 de dezembro de 2011, eu tinha feito a página para falar como eu odiava o curso. Era muito chato. Mas aí a página foi crescendo de uma forma que foi muito louca”, conta o jovem, que reside no Guarujá.
“A página me fez gostar do curso, e graças a ela eu fui até o final da faculdade de Jornalismo. O Jornalismo da Depressão é uma persona que me abriu várias possibilidades na minha cabeça e me incentivou a ser um jornalista melhor”, confidencia Rafe, que atualmente produz conteúdos para os sites Coisas de Jornalista e para o Jornalismo da Depressão, que deve ganhar um vlog em breve.
Mudanças rápidas
Com 60% dos seguidores sendo mulheres, o “Jornalismo da Depressão” é um retrato da própria vida do criador. “São situações que eu já vivi, me inspiro em muita coisa que o pessoal manda também, é tudo muito colaborativo”, conta.
Sobre a área em si, Rafe acredita que a forma como o jornalismo vendo sendo exercido está longe da ideal.“O jornalismo não está aqui para dar opinião. Ele deve ajudar o público a ter sua própria opinião. Você cria uma atmosfera desfavorável pra todo mundo se você incita o ódio, como tem acontecido”.
“E tem um outro problema: do bandido bom é bandido morto. Se você acha que vai resolver o crime na cadeia, é burrice. O sistema carcerário não trabalha com a ressocialização, e isso é problema. A gente está trabalhando com jornalismo que aponta o dedo para as coisas erradas e não apresenta soluções viáveis”, defende.
Para reverter esse quadro, o jovem pretende fazer um portal como se fosse uma grande enciclopédia, pois acredita que o jornalista não consegue se preparar totalmente para uma entrevista devido a correria do dia a dia. “Se ele ler 5 artigos de qualidade sobre os assuntos que ele precisa falar no bate-papo já ajuda, quero dar material qualificado que prepare o profissional”, adianta.
Enquanto isso, lida com o desemprego e a correria. “Bora fazendo”, diz, entre risos, parafraseando a lenda da internet Inês Brasil.
>>> Alguns posts de sucesso da página:
>> Acesse a fanpage: https://www.facebook.com/JornalismodaDepressao/
Agradecimento: Rafe pediu para agradecer toda a equipe que trabalha com ele atualmente para a produção dos conteúdos – Aliana Brito, David Gabriel, Guilherme Araújo, Nayara Lira, Vinicius Biazotti, Wallinson Leandro e Carol Tinti.
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