Situações em que o usuário se identifica, vídeos bizarros e uma pitada de música. É assim que a fanpage “Os Cretinos” conquistou mais de 7,8 milhões no Facebook. Para efeitos comparativos, a Folha de São Paulo, por exemplo, possui 5,4 milhões; a vlogger curitibana Kefera, 6,1 milhões; e a marca de balas Halls, com 6 milhões. O alcance da página chega a ter picos de 400 milhões de pessoas alcançadas, mensalmente.
Mas afinal, quem são os donos de tanto sucesso? Os Cretinos é o nome do grupo de dança profissional artístico dedicado ao trapFunk, um estilo criado pelos próprios artistas com a dança misturando dubstep e estilos musicais no funk. A página, criada em julho de 2014, surgiu com a proposta de divulgar os trabalhos dos 3 dançarinos, mas se prolongou na rede investindo em imagens, memes e vídeos virais.
“Estouramos com vídeos de dança próprios, quando atingimos 35 mil seguidores. Depois disso, investimos pesados nas imagens e conteúdo viral. Começaram um trabalho de publicidade mesmo, postando coisas que as pessoas geravam identificação e conteúdos do grupo”, explica um dos administradores da página, o paulistano Gabriel Nascimento, de 23 anos.
Um dos últimos sucessos, por exemplo, foi o clipe de Caio Pericinoto cantando músicas na rua com fones de ouvido – clique aqui e leia a entrevista com o jovem “cantor”. Até a mãe dele nos procurou, e eu expliquei que procuramos divulgar a galera. Fico feliz que aumentou o trabalho dele”, conta.
Hit funk a caminho
Ainda em abril, Os Cretinos pretendem agitar a página e suas redes sociais com seu novo single, a música “Passinho do DigDim #TipoPassista”. Ela foi gravada em com um dos maiores canais de funk do mundo, o canal do Kondzilla, com a produção musical de Victor Reis – que assinou vários hits de Anitta e MC Guime. A produção deve ganhar um videoclipe, que também já foi gravado.
“É uma musica mais light, mais mídia. Nossa canção é um projeto muito forte e com um envolvimento de dança profissional que é o foco a ser mostrado”, detalha Guilherme.
O grupo iniciou em 2013, e sempre tentou inovar no funk. “Nosso grupo dançava o funk com mistura de estilos musicais como dubstep, popping, tutting, até chegarmos ao chamado trapFunk, que utilizamos hoje”.
E para quem quer bombar tanto assim na rede? “Muita dedicação e, ao invés de pedir ajuda, busque estudar sobre o assunto, conhecer o seu público e fazer brincadeiras, postando vídeos engraçados. Creio que o que você quer consegue com esforço, isso é base de vida”, finaliza o jovem.
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