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Avós são almas abençoadas, e frequentemente elas nos surpreendem. O paulista Helio Pimentel Neto, 27 anos, que o diga. No último dia 23 de maio, ele teve seu celular roubado. Um pouco mais de uma semana depois, ele teve uma surpresa ao comprar um novo aparelho: ao carregar as mensagens do WhatsApp, sua avó, Maria Isabel Guglielmo Pimentel, 72, tentou entrar em contato com os ladrões, pedindo a devolução do celular.

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Helio percebeu que se tratava de uma grande demonstração de amor (e preocupação!) e compartilhou a tela em seu perfil. Até o momento, a imagem já soma mais de 8 mil compartilhamentos:

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Ele conta que estava voltando da faculdade com um amigo, depois da 0h, de metrô em São Paulo. A dupla desceu na estação Sacomã e foi abordada, ficando sem os documentos e os celulares. Ao chegar em casa, Hélio postou no Facebook que estava sem o aparelho. A avó Isabel, pelo visto, viu a publicação mas nem disse nada.

“Foi realmente uma surpresa quando peguei o celular novo. Como eu tinha bloqueado meu chip, a mensagem dela estava lá. Eu mandei o print para a minha mãe, que deu risada e disse ‘posta isso no Facebook que isso vai viralizar'”, revela Hélio, entre risos, em entrevista ao Bad, Bad Server.

O estudante disse que agora, infelizmente, não tem muita tempo para visitar a avó, mas que a diversão é certa nos almoços de família, pelo menos uma vez por mês. A proximidade foi maior quando seu pai faleceu e chegou a morar no mesmo prédio que ela, com a mãe. E mais: ele tem uma tatuagem no peito em formato de coração com os dizeres “Mãe, avó, família”.

Apesar da distância, o jovem guarda boas lembranças com a vó. “Há uns 3 anos, eu fui com ela ao cinema e, na época, ela tava com a audição bem ruim e ainda não estava usando aparelho. Ela falava muito alto achando que estava falando baixo e, quando eu pedia pra ela falar mais baixo, ela não escutava (risos)”, lembra. “Ela é bem carinhosa, chama todos os netos de ‘amore mio'”.

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Quanto ao celular, no entanto, as notícias não são tão boas: o aparelho não foi devolvido. Ficou o post viral de lembrança. “Temos um grupo da família no WhatsApp, e minhas tias e primas ficaram falando do viral por dias. Minha vó nem nada, só enviada smiles”.

Com ela, Hélio tem um aprendizado de vida. “Quando meu pai morreu foi muito difícil. Teve alguns momentos que eu entendi o que era amor de mãe (e de vó), a ponto de amar mais a pessoa do que você mesmo”, pontua. E deixa um recado. “Quero que ela faça carne de músculo a próxima vez que eu for na casa dela. É muito bom!”.