Com mais de 150 mil compartilhamentos, o curitibano Renato Santini Maciel, 24 anos, tem vivido uma semana agitada em suas redes sociais. O motivo, então, não é dos melhores. No último sábado (10), ele teve sua bicicleta e seus pertences roubados em uma ciclovia nos fundos do Parque São Lourenço, desmaiou com um golpe de “mata-leão” e ficou com vários hematomas pela testa e em várias partes do corpo.
Para expressar sua revolta com a crescente violência, ele resolveu fazer um post no Facebook. Até o momento, a publicação soma mais de 305 mil reações; confira:
O estudante conta que foi ao hospital, descansou durante a noite e ficou indignado no dia seguinte ao ver as redes sociais falarem do caso da tatuagem no adolescente do ABC Paulista. “Enquanto as pessoas falavam sobre aquilo, muitas outras pessoas estavam sofrendo gratuitamente por aí. Acabei usando esse fato que estava quente para tentar passar a mensagem que muitas outras pessoas, que são trabalhadoras, estudam e correm atrás de seus objetivos de forma honesta, também sofrem agressões diariamente, porém quietas e no anonimato… com medo”, aponta.
Mesmo assim, preocupado em pontuar sobre a violência em Curitiba, foi comparado por centenas de pessoas ao caso de tortura. “Meu ponto de vista é que os tatuadores estavam errado em tatuar, as pessoas estavam erradas em arrecadar fundos para a remoção, o menino (se realmente tentou roubar a bicicleta) também estava errado e que todos nós estamos errados em não cobrar mais dos governantes os nossos direitos de educação e segurança”.
Por fim, Renato acredita que é hora da sociedade se unir. “Queria lembrar as pessoas que seja lá sua etnia, sua religião, sua classe social/econômica, sua preferência sexual, ou qualquer outro fator (cabível de discussão), você ainda está sujeito a criminalidade e violência vai continuar sendo violência. Temos que deixar de lado essa escolha de um “time” e lutar pelo bem comum”, finaliza.
Segundo o jovem, a investigação sobre o seu assalto ainda está em andamento e ele continua sem seus pertences. Vamos esperar por dias melhores.
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