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Carecas, calvos e suas teorias cabeludas
| Foto:
Ilustração/Gazeta do Povo

[Olá, pessoal. O Viver Bem publicou no domingo (12) um texto meu na seção Vida Crônica. Como tem tudo a ver com papo de bar, reproduzo aqui para apreciação de vocês. A pergunta que fica é, vocês gostariam de mais textos como este aqui no Bar do Celso? Comentem abaixo.]

Podem dizer que não se importam, que não faz diferença ou que não são vaidosos, mas um dos medos mais profundos do homem é ficar careca. Sei disso por experiência própria. Minha cobertura capilar vem diminuindo à medida que a idade aumenta e, com quase 30 anos, já estou em pânico. No atual momento tenho entradas bem acentuadas e um começo daquela desagradável “coroinha”. Várias ideias já passaram pela minha cabeça para suavizar o problema. Vão desde o uso constante de bonés ou chapéus até assumir meu cruel destino e raspar com máquina zero.

Apesar de saber que é genético e muito provavelmente inevitável, isso não me impediu de discutir o assunto algumas vezes em busca da solução. E o que mais me impressionou foram certas teorias cabeludas que surgem nessas conversas entre os de pouco cabelo e os especialistas, como dermatologistas e cabeleireiros.

Entre os de menor cobertura, que sabem da irreversibilidade da situação, reina a teoria da testosterona. Segundo eles, baseado em pesquisas científicas, a causa é o excesso do hormônio masculino no organismo. Logo, está explicado porque é dos carecas que elas gostam mais. Afinal, a calvície é sinal de que se trata de um “cabra macho”.

Com essa descoberta, a mesma Ciência criou remédios para controlar ou mesmo reverter a queda por meio do controle do hormônio. Mas os médicos não contavam com a grande rejeição, já que os riscos afetam um medo masculino ainda maior.

– Mas, meu amigo, são bem raras as ocorrências de impotência ou diminuição da libido em razão desse remédio.

– Nem pensar, doutor. Vai que sou premiado.

Outra teoria comum é que banho muito quente faz mal para os cabelos e o couro cabeludo. No entanto, no inverno de Curitiba, quem se arrisca a ter uma hipotermia? Alguns fios podem não fazer tanta diferença assim…

Já os cabeleireiros são sempre mais otimistas. Afinal, é a clientela que está em jogo. Perguntei para o meu como ele estava vendo a “situação”, de cima para baixo. Ele me tranquilizou dizendo que o “quadro” havia estacionado. Mais tarde, voltei a tocar no assunto.

– Sério? Então vou chegar a ficar grisalho um dia?

– Claro. Acredite, sou praticamente um expert nesses casos. Tenho anos de experiência no assunto.

Comecei a pensar que talvez não valesse a pena correr riscos com remédios ou virar picolé embaixo do chuveiro. Que aquilo tudo poderia ser somente algo da minha cabeça, literalmente, e…

– Então, doutor? Secamos o cabelo, não é? Dá mais volume. Ajuda a cobrir a “coroinha”…

Ou talvez deva aceitar alguns riscos.

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