A primeira edição do Degusta Beer & Food em novo formato, desvinculado da feira de cervejas Brasil Brau e com o conceito ampliado com a gastronomia, atraiu diversos fãs e profissionais das duas áreas ao Centro de Convenções Imigrantes, em São Paulo. Nos três dias de evento, de sexta (1º) a domingo (3), foi possível degustar mais de 300 rótulos de cerveja, segundo informações da organização do evento, além de conferir as 21 palestras, workshops e fóruns, apreciar boas comidas e se divertir. Abaixo, algumas novidades e fatos que destaco.
Conteúdo
Sem dúvida, as palestras atraíram muita gente. O conteúdo esteve muito bom e trouxe nomes consagrados, como o chef brasileiro Alex Atala, responsável pela abertura do evento, e Tatiana Spogis, 3ª colocada no Campeonato Mundial de Sommelier de Cervejas. Houve também muita interação e debates, como o que tive o prazer de participar sobre os adjuntos na cerveja na sexta, mediado pela sommelière e mestre cervejeira Cilene Saorin, ao lado dos grandes jornalistas e blogueiros Raphael Rodrigues (All Beers), Heloisa Lupinacci (O Estado de São Paulo), Bia Marques (Revista Menu), Ailin Aleixo (Gastrolândia). Algo essencial para eventos que pretendem divulgar a cultura da cerveja e gastronomia.
Expositores
Entre os cerca de 70 expositores houve um perfil bastante variado, incluindo desde pequenas cervejarias e importadoras até grandes players desse mercado. E a criatividade na montagem foi impressionante: houve stande conteiner, de dois andares, decorado com post-its, com clipping de imprensa, carros adesivados, a KombIPA e até em stande em formato de barril.
Tive o prazer de prestar serviço como sommelier de cervejas no stande da Brasil Kirin, apresentando para o público cervejas da Eisenbahn e Baden Baden, das quais sempre fui fã. Uma experiência e tanto, pois me deu a possibilidade de contato direto com o público. Fiquei surpreso com a quantidade de gente iniciante nesse universo que passou por lá, o que é ótimo para a cultura cervejeira em geral.
Cerveja de Pinhão
Uma das novidades tem tudo a ver com o Paraná: uma cerveja feita com pinhão. A criação é da paranaense Insana, de Palmas, e visa homenagear o estado, que concentra a maior porção de araucárias do país. Trata-se de uma barley wine, doce e alcoólica (8,5%), feita como edição limitada de 15 mil garrafas. A cerveja deve ser sazonal, e retornar sempre no inverno, época de colheita.
A volta das italianas
Há algum tempo fora do mercado brasileiro, a italiana Baladin voltou, agora pela importadora Bier & Wein. Entre os diversos rótulos da cervejaria, chegaram no Brasil as versões: Isaac (Witbier – 330ml), Nazionale (Italian Ale – 330ml), Super Bitter (Amber Ale – 330ml), Open Rock’n’Roll (American Pale Ale – 330ml), Wayan (Saison – 750ml), Nora (Egyptian Special Ale – 750ml), Super (Amber Ale – 750ml) e Leön (Dark Ale – 750ml).
Além disso, a importadora está trazendo novidades inglesas. Além do chope Titanic Stout, versão da cerveja internacionalmente premiada de mesmo nome, chega também ao país a Theakston Distiller’s Cask, cerveja envelhecida em barris de Whisky Speyside (de carvalho francês). Devo falar mais profundamente delas em breve aqui no Bar do Celso.
Dieu du Ciel!
Não é somente uma expressão. As cervejas canadenses Dieu du Ciel! apareceram com destaque no Degusta Beer & Food, após serem oficialmente lançadas pela importadora Best Beers na semana anterior. Ainda vou publicar as minhas impressões mais detalhadas da degustação realizada, mas adianto que a cervejaria, que já tinha chamado atenção no Mondial de La Bière em novembro do ano passado no Rio de Janeiro, tem produtos fantásticos. Além disso, a boa nova é que agora passará a ser importada de forma contínua.
Os rótulos que estão sendo importados nessa primeira leva são Rosée d’Hibiscus (Witiber com hibisco), Blanche Neige (Double Witiber), Route des Épices (Amber Ale com pimentas), Corne Du Diable (American IPA), Moralité (American IPA), Blanche du Paradis (Witiber), Aphrodisiaque (Stout com baunilha e cacau), Pénombre (Black IPA), Péché Mortel (Imperial Stout com café) e Péché Mortel Bourbon Oak Aged (Imperial Stout com café envelhecida em barris de carvalho americano que maturaram bourbon). Todas em garrafas com 341 ml.
Uma cerveja com dom
DOM Haus é uma cervejaria de Araquari (SC) que também esteve no Degusta Beer & Food. Por enquanto, trabalha apenas com chope na região, que compreende a cidade de Joinville também. Mas deve lançar suas garrafas em breve. Apresentou duas cervejas: DOM Casmurro, uma IPA com bom amargor, corpo médio alto e grande carga de maltes; e DOM Pedro, uma Munich Helles de caráter maltado e leves notas de lúpulo herbal e floral, típicos alemães. Vale a pena ficar de olho neles.
Segunda-feira negra
A Cervejaria Nacional, brewpub de São Paulo, também esteve no evento. Além das cervejas tradicionais da casa, quem teve sorte pode conferir um pouco do que estava por vir na segunda-feira (4) seguinte, quando foi lançada no bar a nova versão da Imperial Stout Saravá (produzida em parceria com a Cervejaria Burgman, de Sorocaba, e maturada em barris de carvalho americano que envelheceram bourbon).
Havia uma pequena porção da Imperial Stout Betume, que também foi lançada na segunda. Ela é o resultado do workshop de estilos feito em parceria com o cervejeiro Murilo Foltran, da DUM Cervejaria, de Curitiba, o Instituto da Cerveja e a Sinnatrah Cervejaria Escola. Além dessas duas pancadas, a “segunda-feira negra” da Nacional também teve DUM Petroleum para os corajosos.
Outras novidades
Além de tudo isso, houve cervejas que não cheguei a degustar. Mas vale a nota aqui. A Cervejaria Premium Paulista, de Santo André (SP), lançou a Madalena American Wheat, uma cerveja de trigo mais ao estilo EUA (aromas mais neutros que as Weizenbiers alemãs, porém também leve e refrescante). A Therezópolis levou a sua Pepper Ale, feita com pimenta calabresa e páprica picante. E a libanesa 961 Beer anunciou que em breve estará disponível no mercado mais dois rótulos: Red Ale e Lebanese Pale Ale (uma English Pale Ale com ervas do Líbano).
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