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Quando fui convidado para fazer essa viagem para Amsterdam, descobri que haveria um lançamento especial da marca Kaiser. Nesta quarta-feira (11), durante a vista a fábrica de Dan Bosh, houve o anúncio. A Heineken vai lançar a Kaiser Barril no Brasil. O produto traz inovação na embalagem, que é semelhante aos DraughtKeg de Heineken que podem ser encontrados nos mercados, mas desenvolvido em formato pet de 4 litros. O preço final para o consumidor deve ser em torno de R$ 34.

O Brasil é o primeiro país a receber esse tipo de tecnologia fora da Europa. Ela foi desenvolvida e patenteada pela Heineken e entrou no mercado há um ano, aproximadamente, com as marcas Heineken e Amstel no continente europeu, principalmente na Holanda e Itália. O lançamento oficial no Brasil deve ocorrer ainda em abril, no dia 17. Esse é o principal lançamento da marca Kaiser esse ano, e vem complementar a estratégia de mudança que a mega cervejaria fez na marca, relançada no ano passado.

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O novo produto ocupa 50% da capacidade de produção dessa linha em Dan Bosh. A embalagem é montada e o conteúdo é produzido na própria fábrica, e depois enviado para o Brasil. Ele passa pelo mesmo processo de “fast pasteurization” do barrilzinho de Heineken e é feito para ocasiões de consumo coletivo, como festas e churrascos. A aposta desse tipo de produto é melhorar a experiência de consumo para esse tipo de ocasião, festiva e entre amigos, a um preço mais acessível.

Na época do relançamento da marca, perguntei sobre mudanças no produto. A fórmula da Kaiser continua a mesma, me disseram na entrevista coletiva, mas o processo foi otimizado e agora a cerveja passa pelo controle de qualidade da Heineken, que “assina” o produto. Amostras são envidas para testes aqui na Europa mensalmente. Eu mesmo provei a cerveja e constatei a mudança: um cerveja mais próxima do padrão comercial das American Lagers, menos esterificada (componente que dá aromas frutados à cerveja e que, na minha opinião, era um dos principais fatores de rejeição da marca).

Minha esperança é que, quem sabe, outras marcas aproveitem essa tecnologia e embalagem, que é realmente de cair o queixo e relativamente barata, para facilitar exportações pelo mundo. Hoje algumas importadoras já conseguem barris pet não retornáveis maiores (20, 30 e até 50 litros), que permitem que tenhamos, pelo menos em eventos especiais, cervejas raras no país para serem consumidas na pressão. Quem sabe assim, nós brasileiros, conseguimos melhor acesso a outras marcas?

Dia 3 – Mega fábricas

Esta quarta-feira também foi o dia de passeio pelos fábricas da Heineken aqui na Holanda. Visitamos Dan Bosh e Zoeterwoude. Ambas impressionam pela tecnologia: tudo é automatizado. Poucas pessoas trabalham nas plantas, considerando obviamente o tamanho delas.

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Apesar de menor, Dan Bosh produz hoje 6,3 milhões de hectolitros por ano, o que não é pouco. A fábrica funciona 24 horas, cinco dias por semana – no verão, são seis dias. Lá são produzidas também outras marcas do grupo, como Murphy’s e Amstel, para citar o exemplo de duas disponíveis no Brasil.

Zoeterwoude é a maior cervejaria da Europa e uma da maiores do mundo, com produção atual de 15,5 milhões de hectolitros por ano. Também é no momento a mais sustentável, com projetos que visam diminuir o impacto natural, econômico e social da sua atuação. Reutilização de águas, geração de energia própria, tratamento e destinação correta de resíduos, etc.

A sustentabilidade, como escrevi ontem, é a palavra de ordem dessa gestão do grupo Heineken. Eles estão implementando no mundo todo o programa Brewing a Better Future, que envolve a criação e manutenção de atividades sustentáveis “customizadas” para as diferente necessidades das regiões onde estão implantadas. Até 2020, o grupo quer ser a cervejaria mais verde do mundo. Um projeto ambicioso, mas que deve ser aplaudido de pé. Afinal, se todos não fizermos o mesmo, nosso mundo já era.

Enfim, devo falar mais de cervejarias por aqui outro dia, quando tiver fotos – infelizmente, não pude fotografar nas plantas, mas imagens foram feitas e vão ser repassadas. Mas garanto que foi uma experiência muito legal, desde o processo de fabricação até o de embalagens. Se vocês puderem, visitem cervejarias. É importante conhecer o produto que você consome.

Abraços

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O jornalista está viajando a convite da Heineken.

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