A primeira Radler da Heineken foi a Gösser Natur Radler, lançada na Áustria em 2007. Em 2009, quando a receita começou a ser comercializada também na Hungria, com volume de cerca de 250 mil hectolitros por ano. Desde então, Radler se difundiu tanto pela Europa, em particular no Leste Europeu, que em 2012 o volume de Radler comercializado foi de 1,5 milhões de hectolitros. Hoje, a participação de Radler dentro do mercado cervejeiro da Europa é próxima de 10%.
Desde 2007, 29 rótulos da Heineken no mundo já ganharam uma versão Radler e, ao final de 2014, serão 44 países a aderir à novidade. Entre eles estão Sagres (Portugal), Fosters (Reino Unido), Amstel (Holanda, Finlândia, Grécia e Espanha), Dreher (Italia), Calanda (Suíça), Maes (Bélgica), Pelforth (França), Primus (Congo) e Bourbon (Ilhas Reunião).
A Kaiser Radler é realmente refrescante, como direciona o slogam “refrescância em dobro”. Com forte aroma frutado cítrico do limão, lembra ao fundo o malte da cerveja, mas de maneira discreta. No sabor o limão também é ressaltado, com leve acidez e dulçor, além de muita carbonatação, com corpo bem leve, final rápido e teor alcoólico de 2% ABV. Lembra soda. Enfatizo aqui que a Kaiser Radler não é uma cerveja convencional, mas sim uma bebida a base de cerveja. Por isso, gostem ou não do que vão experimentar, não é possível comparar com cervejas de estilos tradicionais.
A história que inspirou a Kaiser Radler
Mais interessante ainda do que os números é a história da Radler. A receita surgiu na região da Baviera em 1922. Franz Xaver Kugler, que na época era o dono do conceituado pub Kugler-Alm, situado no final de uma pista de ciclismo, recebeu milhares de esportistas sedentos para se refrescarem. Para atender às necessidades dos seus clientes, ele teve a ideia de combinar cerveja com suco natural de limão, batizando a receita de “Radler” (que significa ciclista em alemão), em homenagem aos seus primeiros consumidores.
A ideia até hoje é ser um sport drink, já tradicional em países de língua germânica e que ganhou muitos adeptos no Leste Europeu, principalmente como bebida de verão. Apesar da invenção ser atribuída a Kugles, em 1912 já haviam menções à esse tipo de bebida. Hoje, diferentes países tem variantes da bebida, misturando na proporção de 1 porção para 1 ou 2 para 1 de cerveja e suco.
Alguns dos mais conhecidos são o Shandy da Grã-Bretanha, preparado com suco de limão, ginger beers, ginger ales ou suco de maça; o Panaché (Panasch ou Panasche), na Itália e França; O Russ ou Russe, também bávaro, mistura de cerveja de trigo e refrigerante aromatizado com suco de limão ou lima; o Ententeich, mistura de Schwarzbier com refrigerante aromatizado com framboesa, popular na Alemanha Central; na Áustria mais variante como Almradler, mistura de chopp com Almdudler (refrigerante com aromas herbais), o Sweet Radler (com suco de limão ou lima), Sour Radler ou Dry Radler (com água mineral), Soda Radler e o Diesel (cerveja com Coca-Cola). E muito mais…
Por fim, já que falei em ciclismo, fica a dica: NUNCA beba antes de pedalar. Pode gerar acidentes, assim como o ato de dirigir. Depois do passeio ou do exercício pode…
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