No final de setembro, em comemoração ao 1 ano da importadora, a Cervabel promoveu uma festa e degustação de cervejas belgas Lupulus no Pier 1327, na Vila Mariana, em São Paulo. Entre as atrações, além das Lupulus Blonde e a Lupulus Brune, banda e o sabrage de cervejas – técnica de abertura de garrafas usando uma espada, normalmente aplicada apenas em espumantes. Tive o prazer de ser um dos blogueiros convidados, encontrei outros com quem só falava pela internet e me diverti a beça!
Lupuls: a cerveja dos lobos
Os dois rótulos são produzidos por uma cervejaria relativamente nova na Bélgica, onde o normal é ter centenas de anos. A Les 3 Fourquets é de 2004, começou fornecendo chopp para a região e engarrafou apenas em 2007, segundo o site oficial. O proprietário e criador das cervejas é o mestre cervejeiro Pierre Gobron, ex-fundador da LaChouffe, que toca o negócio com seus dois filhos.
Ela fica localizada numa fazenda do século 18 dentro da floresta de Ardennes, local em que dizem que há anos era habitado por muito lobos vindos da Eslovênia, que produz ótimos lúpulos. Além dessa história, é curioso o fato de que o nome em latim da planta lúpulo é “Humulus Lupulos” que também significa, na tradução literal, lobo pequeno e humilde. Justificado o nome e o motivo do lobo na garrafa?
A intenção do mestre cervejeiro foi de criar uma cerveja nova, moderna, mas seguindo o método tradicional e autêntico da fermentação das cervejas belgas. Também por isso, as duas cervejas que chegam ao Brasil são difíceis de classificar. O que impressiona também é o cuidado com a importação das cervejas, que vem em containers refrigerados e com muitos cuidados – um parabéns aos sócios da Cervabel, Victor Ramin e o holandês Maarten Stolk pelo trabalho.
A Blonde é para ser uma Blond Ale, mas senti algo muito aproximado de uma boa Tripel. Cor amarelo palha, de boa formação e persistência de espuma, com aroma lupulado, condimentado e levemente cítrico. Na boca, suave acidez agradável sendo substituído pelo afetaste amargo e persistente.
Já a Brune lembrou uma Dubbel, com aroma discreto, lembrando frutas passas (ela leva candy sugar). No gosto, leve adocicado com amargor final. Ambas têm corpo leve e alta carbonatação, por serem refermentadas na garrafa. São refrescantes e têm ótimo drinkability, com um toque especial do lúpulo, o que não é muito tradicional nas cervejas belgas.
Abaixo, minhas primeiras impressões, logo após a degustação.
O sabrage de cervejas
A técnica do sabrage é algo que a princípio pode parecer simples, mas é de um charme muito bacana. Foi a primeira vez que vi ela sendo aplicada em garrafas de cerveja – há muito tinha curiosidade se isso funcionaria. O professor e anfitrião da festa foi o proprietário do Pier 1327 Jaime Pereira Filho. Experiente, diz que já abriu muita garrafa assim.
Veja no vídeo a explicação sobre como abrir uma garrafa com um sabre e minha tentativa meio desajeitada de colocar a lição em prática.
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