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Autorização do BC para que Nubank atue como instituição financeira é só sinaliza uma revolução no setor. (Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo)
Autorização do BC para que Nubank atue como instituição financeira é só sinaliza uma revolução no setor. (Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo)| Foto:

Se você é uma  pessoa minimamente ligada no universo financeiro, já deve ter ouvido falar do Daycoval, do Sofisa, do BS2 (ex-Bonsucesso), do Agibank ou do Neon.

Do banco Inter, então, nem se fala. Um dos grandes destaques de estreia na Bolsa brasileira neste ano, a instituição financeira já conta com mais de 1 milhão de correntistas.

Num país em que Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander reinam, é no mínimo curioso ver o esforço de instituições tão menores para convencer as pessoas a enxergarem além do óbvio, e a darem uma chance para o novo.

Mas por que você trocaria um grande banco, sinônimo principalmente de estabilidade e segurança, por uma instituição de médio porte?

Todo mundo que está lendo esta coluna já deve ter tido (ou é provável que ainda tenha) uma conta corrente num bancão, tendo que arcar com os custos implícitos, as burocracias de sistema, questões operacionais e ligações indesejadas de gerentes ou outros funcionários, certo?

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Faz parte do pacote bancário tradicional, pelo menos nos moldes atuais. Não há almoço grátis e os encargos cobrados em nossas faturas deixam essa máxima bem clara.

E o que, afinal, bancos médios ou outros tipos de instituições financeiras, como o Nubank, têm para nos oferecer?

Para começo de conversa, simplicidade.

Quem tem tempo ou quer ir a uma agência bancária toda vez que tiver que resolver qualquer tipo de pendência?

Não preciso ser da geração dos Millenials para achar essa obrigação uma perda completa de tempo.

Quem quer pagar tarifas exorbitantes para ter acesso a serviços básicos?

Ninguém, correto?

No passado, bancos tradicionais lançaram algumas opções das chamadas contas digitais (Digiconta, iConta, BB Conta Digital), que garantiam acesso a serviços fundamentais sem nenhum tipo de custo, com transferências bancárias ilimitadas e acesso pelo menos a um cartão de débito, desde que os clientes restringissem seu contato com o banco aos canais digitais, isto é, sem entrar em contato com seus gerentes. Era um sonho transformado em realidade!

De tão boa a iniciativa, acredite se quiser, os bancos voltaram atrás pouco tempo depois e, em meio ao sucesso das tais contas digitais, resolveram parar de oferecê-las. As soluções pareciam fantásticas aos clientes, porém não aos bancos, que não tinham como lucrar com os serviços.

Apesar da desistência do Bradesco, do Itaú e do BB, teve instituição que viu nessas iniciativas uma oportunidade. Desde então, vários bancos médios têm lançado mão de contas correntes gratuitas, cada vez mais sofisticadas em termos de serviços e bastante acessíveis. Até mesmo contas sem custo para pessoas jurídicas vêm surgindo.

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Não bastando a comodidade financeira e operacional, os tais bancos médios têm investido em outro filão: o dos investimentos.

CDBs com liquidez diária e com retorno igual ou maior que 100% do CDI, LCIs e LCAs com rentabilidade acima dos 90% do CDI e investimento mínimo baixo, oferta de fundos de terceiros, planos de previdência, Tesouro Direto sem custo e cada vez mais plataformas de home broker para os clientes também investirem na Bolsa.

Os bancos médios têm feito frente não só ao modelo dos bancões, como começam a vislumbrar o público das corretoras independentes.

Quanto maior a concorrência, a gente agradece. Cada vez mais, só paga caro quem quer. Já pensou em se abrir ao novo?

 

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