Tem quem olhe torto, desconfiado. Seja pelo baixo valor de aplicação, que deixa o produto “popular” demais para o seu gosto, pela insegurança, afinal, se trata de emprestar dinheiro para o governo, ou pelo simples fato de não entender lhufas do programa, o Tesouro Direto continua tendo que vencer a resistência do brasileiro para conquistar mais investidores.
É verdade que muita gente tem deixado de lado a implicância ou enfrentado seu desconhecimento. Os dados mais recentes mostram um total de quase 700 mil investidores ativos, um aumento de 28,5% em 12 meses. É pouco? Não quando pensamos no público que verdadeiramente aplica no mercado financeiro brasileiro, mas é ridículo, convenhamos, quando analisamos o tamanho da nossa população.
Todo brasileiro deveria começar a investir na vida pelos títulos públicos, fosse pelo Tesouro Direto, ou indiretamente, por um fundo DI bem barato, infelizmente ainda com poucas alternativas no mercado e quase sempre fora dos grandes bancos, é claro.
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Para quem não sabe, o Tesouro Direto nada mais é que um programa que possibilita a negociação de títulos públicos por pessoas físicas pela internet.
Ao longo deste ano, a preferência dos investidores do Tesouro Direto tem recaído sobre o título com o perfil mais conservador, que rende próximo do CDI, o referencial das aplicações de renda fixa.
Estou falando do Tesouro Selic, papel indicado principalmente para aquela sua reserva de emergência, um dinheiro que você pode precisar de uma hora para a outra e que, portanto, não pode estar em risco.
Em setembro, o Tesouro Selic respondeu por quase 41% da demanda dos investidores no Tesouro direto, seguido pelos títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), com quase 33% de representação, e pelos prefixados (com rendimento definido), com cerca de 26%.
Em linhas gerais, o Tesouro Selic é o melhor papel para o dinheiro de curto prazo, para ter um colchão de liquidez.
O Tesouro IPCA+ é o título mais indicado para o longo prazo, já que uma parte de seu retorno é dada pela variação da inflação. Logo, se ficar com o papel até seu vencimento, o investidor sabe que seu dinheiro será corrigido por uma taxa predefinida no momento da compra e também pelo IPCA.
E, por fim, o Tesouro Prefixado é o título mais arriscado dentre os três tipos ofertados atualmente no Tesouro Direto, já que a taxa de retorno é definida no momento do investimento. Desta forma, ainda que a inflação ou os juros subam, sua rentabilidade ficará a mesma ao longo do tempo, se você decidir permanecer com o papel até o prazo final.
Resumidas as características dos papéis, é importante ter consciência de que não é preciso carregá-los até o vencimento. Tem muito gestor e outros grandes investidores que dizem que pessoa física só deveria investir no Tesouro Direto de olho no longo prazo, isto é, com a proposta de permanecer com os papéis até o vencimento, seja em 2024, 2035, 2045 ou outras datas.
Mas quem foi que inventou essa história?
Para mim, parece mais uma desculpa para não mostrar o quanto pode ser interessante (e acessível) aproveitar oportunidades de curto prazo.
Como exemplo, gostaria que você desse uma olhada na tabela abaixo, mais especificamente na penúltima coluna, referente à rentabilidade bruta acumulada pelos títulos públicos neste ano até o fim de outubro.
Selecionei apenas alguns papéis disponíveis para compra ainda hoje e com o cálculo do retorno anual.
Embora o CDI acumulasse uma variação de 5,4% no ano até 31 de outubro, repare que os seis títulos selecionados registravam um aumento de preços da ordem de 10%, um pouco mais ou um pouco menos.
Isso quer dizer que, se você tivesse comprado esses papéis no início do ano, poderia vendê-los hoje com um retorno de mais do que 200% do CDI. Que tal?
E você poderia ter comprado esses mesmos títulos por um valor ínfimo, abaixo de R$ 100.
O que acha, portanto, de terminar o dia fazendo seu cadastro no Tesouro Direto? Clique aqui para dar o primeiro passo e para mostrar que pessoa física pode investir como investidor de peso.
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