Crianças em Londres participam do evento 'Christmas at Kew Gardens'. Foto: Tolga Akmen / AFP| Foto:

Daqui a pouco, bem pouco, não vai ter jeito.

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As luzinhas vão dominar o cenário, as músicas natalinas vão grudar no seu ouvido como chiclete (Simone já está chegando…), o trânsito vai ficar (ainda) mais caótico e as pessoas, mais estressadas e reflexivas.

Todo Natal é i-g-u-a-l-z-i-n-h-o.

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A correria é a de sempre e atrapalha uma das tarefas mais importantes de fim de ano, que deveria ser elaborada ao longo de 12 meses: o planejamento tributário.

Calma, sei que o assunto não é dos mais interessantes, mas prometo torná-lo o menos chato possível.

Quando me refiro a planejamento tributário, estou basicamente querendo chamar sua atenção para uma única questão: a sua previdência privada.

E meu objetivo é ajudar você a economizar, evitando erros que essa própria colunista já cometeu no passado.

Porque de nada adianta ter colocado dinheiro todo mês num plano previdenciário, se, no fim das contas, você tiver que pagar Imposto de Renda em 2019 desnecessariamente.

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E por que desnecessariamente, você pergunta?

Assim como eu no passado, grande parte dos investidores (e dos não investidores) cometem um erro sistematicamente: o de não fazer uso de um PGBL para diminuir ou zerar o acerto de contas com o Leão.

Não é marmelada!

Em linhas gerais, ao contribuir para um Plano Gerador de Benefício Livre, é possível abater até 12% de sua renda bruta tributável, que inclui seu salário, sua aposentadoria, uma renda com aluguéis de imóveis, suas férias, dentre outros rendimentos. Já conferiu qual foi sua renda em 2017?

Na prática, digamos que você tenha uma renda bruta de R$ 100 mil neste ano. Se tiver contribuído com até R$ 12 mil para um PGBL, você poderá abater esse valor da base para efeito de tributação. Assim, o imposto recairia sobre R$ 88 mil.

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Logo, se você contribui para o INSS ou para outro regime de previdência social, tem o direito de utilizar esse benefício tributário se optar pela declaração completa de seu Imposto de Renda.

Veja, não me leve a mal. Não se trata de nenhuma malandragem, pois você não deixará de acertar as contas com o governo. O que o PGBL possibilita é uma postergação do pagamento.

Você pode substituir imposto por rendimentos

Em vez de gastar com IR todo ano, você pode investir seu dinheiro hoje para, só no futuro, mais exatamente no resgate da previdência, pagar o imposto sobre o valor total acumulado (valor investido + rendimentos) em seu plano. E garantir o rendimento de juros ao longo desse período.

Essa vantagem vale tanto para quem opta pelo modelo de tributação progressiva, na qual a alíquota de IR varia de zero a 27,5%, quanto para a regressiva, em que o imposto mínimo é de 10%, caso a contribuição seja de pelo menos 10 anos.

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Não sei se preciso lembrar, mas, se você ainda não estiver convencido de que um plano de previdência pode mudar a maneira como você se relaciona todo ano com o Leão, vale ainda ter em mente que essa modalidade de investimento não entra em inventário, o que facilita e muito um processo de sucessão.

E, se você perceber que seu plano é caro e ou tem rendido muito pouco (o que é bastante provável se tiver optado por uma alternativa dos grandes bancos do Brasil), sempre é possível fazer a portabilidade, ou seja, mudar para outro plano, seja da mesma seguradora ou de uma terceira. Essa transferência não tem custo!

Por isso, não bobeie. Você só tem até o fim deste ano para contratar e investir num PGBL para evitar dor de cabeça em 2019. Você ainda vai me agradecer!