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Berlinale

Berlinale

Festival Internacional de Cinema de Berlim 2020, um dos mais importantes festivais de cinema da Europa e do mundo.

DIA DA POLÔNIA NA BERLINALE

(Foto: Maria Antônia Silveira Gonçalves)

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O destaque hoje (27.02) da prestigiada mostra Berlinale Special da 70ª edição do Festival de Berlim foi “Charlatan”, da talentosa diretora polonesa Agnieszka Holland.

“Charlatan”  foi mostrado numa  prévia para a imprensa – seguida de uma entrevista com Holland e a equipe do filme  – e à noite será  exibido em gala especial no majestoso Berlinale Palast.

Carlos Chatrian, diretor artístico do festival manifestou sua satisfação com a presença de Holland no evento.

“O modelo de cinema de Agnieszka Holland não apenas conta o passado, mas oferece também uma interpretação do presente”. É um orgulho para nós que esteja na Berlinale” ressaltou Chatrian.

O novo filme de Holland  conta a verdadeira história do curandeiro Jan Mikolasek – interpretado pelo astro tcheco Ivan Trojan – um homem dotado de habilidades excepcionais, que viveu no  contexto dos totalitários anos 1950.

Na coletiva após a projeção, Holland, muito aplaudida ao chegar,  falou sobre o filme e  seu processo de trabalho.

Sobre o processo, Holland declarou que, além do cinema, também trabalha na televisão e que se mantem  consciente de  suas responsabilidades sociais.

“Existe um movimento ambientalista que está crescendo em meu País e que é muito importante diante da negação dos problemas ambientais do mundo”, destacou Holland dando uma explicação muito sua sobre o  cerne do filme.

“No coração desta história, existe  o amor entre duas pessoas,  contada através de uma forma lírica, mas também muito violenta”, explicou a diretora.

Agnieszka  já tem uma tradição em Berlim

Holland é personagem frequente no Festival de Berlim, onde já esteve em várias ocasiões desde 1981 quando concorreu ao Urso de Ouro com “Fever” Goraczka  (Dzieje jednego pocisku).

Seguiram-se outras participações: em 2017 quando disputou o Urso de Ouro com “Rastros” (Pokot) – e, na ocasião,  ganhou o Urso de Prata – Prêmio Alfred Bauer, pelo trabalho inovador, dividido com Kasia Adamik.

Em 2019, voltou a concorrer ao Urso de Ouro com Mr. Jones, um filme que trouxe novas luzes sobre o genocídio ucraniano, abordando o fato histórico do Holodomor (conhecido como o Holocausto Ucraniano), através da história real de Gareth Jones, um jornalista que revela ao mundo as atrocidades cometidas entre 1931 e 1933, como resultado da política econômica de Stalin.

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