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O Júri internacional da mostra oficial da 70ª edição do Festival de Berlim – que será presidido pelo ator britânico Jeremy Irons – tem entre seus membros o brasileiro Kleber Mendonça Filho.

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Nascido em Recife (PE) em 1968, Mendonça Filho iniciou sua carreira como programador, crítico de cinema e jornalista em diversas mídias. Realizou vários  curtas-metragens e estreou em longas com o documentário “Crítico”. Seguiram-se: “O Som ao Redor” (2012), primeiro longa de ficção, listado pelo The New York Times como um dos dez melhores filmes do ano; “Aquarius” (2016), que concorreu à Palma em Cannes; e “Bacurau” (2019) em codireção com Juliano Dornelles, que  foi exibido na competição do festival francês e ganhou o Prêmio do Júri.

O Brasil também marca presença na mostra oficial com “Todos os Mortos”, de Marcos Dutra e Caetano Gotardo e participa das Paralelas com 18 filmes (em produção e coprodução),  tornando a edição 2020 uma das melhores até hoje para as cores brasileiras.

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Em entrevista à Gazeta do Povo, Mendonça Filho falou sobre o que significa o convite para o júri da mostra oficial da Berlinale.

“Representa a oportunidade de ver 18 filmes novos e conhecer novos amigos, dinâmica que me agrada muito, não importa o tamanho do festival. De curtas a documentários ou um festival grande como Berlim, eu sinto um orgulho e uma honra de poder colaborar com o cinema. Também devo dizer que é o primeiro ano de Carlos Chatrian como diretor artístico, bom estar lá acompanhando isso”, ressaltou o diretor reconhecendo a excelente participação do Brasil nesta edição da Berlinale.

“O Brasil, talvez você possa concordar, nunca teve tanto reconhecimento internacional e prestígio para o seu Cinema. 2020 foi um ano sem igual, de Sundance a Rotterdam, Berlim, Cannes, Locarno e Veneza. Creio que eu estar no júri da competição em Berlim resulta do prestígio, trazido não apenas pelo que venho fazendo, mas pela repercussão de “Bacurau” internacionalmente. Observo alarmado o desprezo que esse novo governo tem por uma área da economia que traz não apenas dinheiro para a indústria brasileira, mas representação internacional do país como cultura”.

Além de Irons como Presidente e Mendonça Filho, os outros membros do Júri Internacional são:

A atriz Bérénice Bejo (Argentina / França)

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A produtora Bettina Brokemper (Alemanha)

A diretora Annemarie Jacir (Palestina)

O dramaturgo e cineasta Kenneth Lonergan (EUA)

O ator Luca Marinelli (Itália)