| Foto: IMDB
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“Meu nome é Bagdá”, segundo longa-metragem de Caru Alves de Souza – e produção de Rafaella Costa (Manjericão Filmes) – teve sua première mundial no Festival de Berlim  na mostra  Generation,  destinada aos adolescentes e cujo júri também é formado por jovens nessa faixa etária.

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O filme traz uma história que se passa no mundo skatista da pauliceia. Filmado na Freguesia do Ó, zona norte da cidade, segue  o dia a dia de Bagdá, que divide seu tempo entre a escola, sua mãe e suas duas irmãs mais novas. Embora confiante em seu meio familiar, precisa enfrentar desafiadoramente a vida do lado de fora, nas ruas, clubes e em  outros locais.

A cantora Karina Buhr, que também faz sua estreia como atriz no cinema, está no elenco e interpreta Micheline, mãe de Bagdá.

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Caru – nascida em São Paulo em 1979 –  é autora do aclamado “De Menor”, que ganhou o prêmio do melhor filme na edição 2013 do Festival do Rio.

A Diretora  conversou com a Gazeta do Povo sobre “Meu nome é Bagdá”, o que representa estrear o filme em Berlim e seu método de trabalho.

Sobre a seleção para a Berlinale

“O Festival de Berlim é um dos maiores festivais  de cinema do mundo, no qual o cinema brasileiro sempre teve bastante destaque. Além disso, tem uma programação diversificada  com títulos bastante politizados. Ter meu filme em um festival com esse perfil é muito importante, pois ele acaba sendo uma porta aberta para o mundo.  E estar na mostra Generation é genial, pois podemos dialogar diretamente com uma parcela do público-alvo do filme, que são os jovens”.

Sobre a origem do filme 

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“Em um dado momento do processo de criação, tive vontade de escrever uma história com personagens mulheres e independentes,  que se ajudassem mutuamente, se fortalecendo através dos laços criados entre si. No universo do skate e do cotidiano de um bairro de classe média da cidade de São Paulo, encontrei terreno fértil para desenvolver esse tema”.

Sobre a forma de escrever o roteiro 

Costumo “escrever” o texto na cabeça e depois o coloco  no papel no pouco tempo que sobra para uma cineasta mulher que precisa fazer mil coisas.  “Meu nome é Bagdá” também foi assim.   Eu gosto de dizer que o filme é uma “metamorfose ambulante”, sempre disposto a mudar de rumo, como se estivesse deslizando em cima das rodinhas de um skate.  Como o processo de feitura do filme foi sempre muito livre e aberto a mudanças e contribuições, ele foi se transformando desde o primeiro argumento até a montagem.  E isso se deveu  muito à escrita, onde criamos um roteiro permeável a obstáculos e possibilidades”.

Sobre a reação que espera dos espectadores

É difícil avaliar porque será a primeira exibição pública do filme.

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Mas  acredito que ele tem uma potência que é também a potência da equipe que fez o filme com muito amor e dedicação, e do elenco, que trouxe um frescor muito grande.  Espero que o público perceba e  deixe se levar por tudo isso”.