| Foto: Imagem de divulgação Berlinale 2020
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“Berlin Alexanderplatz”, de Burhan Quibani – concorrente ao Urso de Ouro na mostra oficial  – teve hoje  uma lotadíssima sessão para a imprensa.

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O motivo inicial pode ter sido  o fato da filmagem ter por locação a cidade de Berlim. Mas o ótimo filme de Quibani justificou plenamente a receptividade da plateia.

O filme  é uma moderna adaptação de um dos maiores romances  do século 20 , de Alfred Döblin.

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A historia  segue  Francis, 30 anos, único sobrevivente de uma travessia ilegal da África que, ao acordar em uma praia no sul da Europa, faz um juramento a Deus: a partir de agora ele quer ser um homem novo, melhor e decente.  Logo após,  Francis se encontra em Berlim, onde percebe o quanto será difícil cumprir o juramento,  sendo um refugiado ilegal na Alemanha, sem documentos, sem nação e sem permissão de trabalho.

Quando recebe uma oferta atraente do carismático alemão Reinhold, 31, para ganhar dinheiro fácil, Francis inicialmente resiste à tentação, mantém seu juramento e fica longe dos negócios obscuros de Reinhold.  Mas eventualmente será sugado para o submundo de Berlim e sua vida sai de controle.

Por sinal, a expectativa com o filme já começou na conferência de imprensa de 29 de janeiro último,  quando foram anunciados os títulos  da competitiva oficial, Respondendo à pergunta de um jornalista sobre “Berlin Alexanderplatz”  Carlo Chatrian, diretor da Berlinale declarou.

“Nós não fazemos filmes,  nós os recebemos e não iniciamos uma seleção com uma ideia em mente. Mas ficamos felizes quando vemos filmes que homenageiam os diferentes rostos de Berlim, como esse  por exemplo”, destacou.

Na coletiva após a prévia para a imprensa, Quibani chegou acompanhado dos atores e demais membros da equipe.

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O cineasta de 39 anos  começou falando sobre a importância da música no filme.

“Ela teve um grande destaque, queríamos criar uma experiência dimensional para os espectadores, através do design de som”, explicou o diretor.

Bunguê, por sua vez, analisando o  personagem, disse:

“Por causa da minha vivência, sempre senti necessidade de ser autor de minha própria arte, o que me permitiu transpor muita força para o papel”, ressaltou ele que ficou bastante emocionado durante a coletiva, a ponto do diretor do filme em um determinado momento  levantar e lhe dar um abraço.