![A Gracinha da Marleth](https://media.gazetadopovo.com.br/vozes/2010/12/coruja-232x300-8224f3e8.jpg)
![Arquivo pessoal](https://media.gazetadopovo.com.br/vozes/2010/12/coruja-8224f3e8.jpg)
No último sábado a jornalista Marleth Silva contou, em sua coluna semanal, uma história interessante de uma coruja que achou perto de casa. Pensando nos leitores do blog, a equipe do Caderno Animal pediu que ela nos desse mais detalhes e explicasse como foi sua saga na tentativa de encaminhar o animal aos órgãos responsáveis. Confira o relato :
“Na semana passada, encontrei um filhote de coruja em um pequeno bosque perto da minha casa, no bairro Cascatinha. Parecia muito fraco: mal conseguia ficar em pé, não reagia à minha aproximação e estava cercado por moscas varejeiras. Levei o filhote para casa para cuidar dele. Colocado na caixa de papelão que um dia protegeu uma tevê, depois de beber um pouquinho de água em uma colher e aquecido por um aquecedor, a corujinha se recuperou. No fim do dia, Gracinha (como eu e meus filhos a batizamos) parecia bem melhor.
Lá do fundo da caixa, erguia a cabecinha na minha direção e me olhava com aqueles olhos redondos arregalados. Gracinha parecia um pompom. Ainda tem muita penugem e se parece com duas bolas, uma (a cabeça) apoiada sobre a outra (o corpinho). No meu dedo, ela aceitou o meu carinho e fechava os olhinhos com o cafuné. Quem diria que coruja adora carinho!
Meu filho Thiago disse que conseguiu fazer Gracinha comer uns pedacinhos de carne, mas eu não consegui. Por isso, achei melhor levá-la o mais rápido possível a um lugar onde soubessem cuidar dela.
Liguei para a Prefeitura de Curitiba em busca de informação. Me disseram para ligar para a Central 156. Na Central, me disseram para ligar para o Ibama (3360-6100) ou para a Guarda Municipal (0800-6430304). Na Guarda, a ligação caiu quando pareceu que alguém iria me atender. No Ibama, fui informada de que eles receberiam a coruja e a encaminhariam para um lugar onde ela seria cuidada, já que dificilmente voltaria a se adaptar à natureza.
No dia seguinte, logo cedo, rumei para o Ibama, instalado na Rua General Carneiro, 481, ao lado da UFPR.
Lá, a atendente preencheu um formulário e chamou um funcionário para levar a corujinha. Tentei fazer várias perguntas, mas elas foram vagas nas respostas.
Hoje, terça-feira, liguei para o Ibama em busca de informações sobre a Gracinha. Disseram que na sexta-feira mesmo ela foi encaminhada para o “Cetas” (foi o nome que entendi) e que não podiam me dar o telefone de lá porque o convênio que o Ibama tem com esse lugar não prevê atendimento ao público.
Acho que fiz a coisa certa ao levar a coruja, que é um animal silvestre, ao Ibama, que é o órgão responsável pela fauna brasileira. Mas fiquei triste de não poder acompanhar o que será feito dela.”
Leia aqui a história publicada na coluna, dia 27.
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