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Depois de 11 dias desaparecido, o gato Boris – apelidado pela sua dona de “anfitrião do Largo da Ordem” – foi devolvido ao seu verdadeiro lar e recuperou o posto de atração do Sebo Trovatore. Na quinta-feira (18), Valéria Vargas da Costa, proprietária do estabelecimento, foi até o bairro Xaxim resgatar o animalzinho.

“A pessoa que me procurou ouviu a história sobre o sumiço do Boris em uma agência de emprego e confirmou pelo cartaz de procura-se que o gato que estava com ela era ele mesmo”, conta Valéria. Ela diz que Boris não foi maltratado, mas no momento do reencontro estava bem estressado e um pouco mais magro. “Agora ele está bem e mais sociável. Logo depois do resgate, ele nem olhava na nossa cara, parecia estar bravo, nos culpando pelo sumiço”, lembra com bom humor a dona do animal.

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Coleira que não sai
Depois do susto, Valéria colocou em Boris uma coleira que não pode ser retirada com facilidade. Além disso, o gato será microchipado para facilitar sua localização em caso de um novo desaparecimento. Apesar dos dias de angústia, a dona do gato não pretende deixar o bichinho preso, já que ele cresceu livre pelas ruas do Largo. “A polícia o conhece, ele costuma frequentar o cursinho aqui perto e o padre da igreja diz que ele tem livre acesso às missas. Não posso tirar estes hábitos dele. Eu só evitava os seus passeios aos domingos por causa do movimento”, explica Valéria.

Na feira de ontem (21), Boris ganhou um passeio no colo de sua dona e passou por todas as barraquinhas para ser apresentado aos feirantes que não o conheciam. No sebo, ele tem recebido os cuidados da filha de Valéria, que é veterinária.

Fuga e rapto
Foi justamente em um domingo, durante a feirinha do Largo da Ordem, que Boris fugiu depois de conseguir se livrar de sua coleira de identificação. Na rua, ele foi pego por uma pessoa que queria dá-lo de presente para uma namorada e cruzá-lo com uma gata. Preso em uma caixa de plástico, seus miados não foram ouvidos durante a feira.

O reencontro aconteceu a 10 quilômetros de distância do Largo. “O Boris é castrado. A pessoa que o levou poderia ter perguntado isto para mim antes, não é mesmo?”, questiona Valéria, que recebeu inúmeras mensagens e ligações de pessoas de Curitiba, São Paulo, Minas Gerais e até do exterior preocupadas com Boris.