Fiz uma viagem ao Chile na semana passada, para um lugar chamado Termas de Chillan, que fica próximo à cidadezinha de Chillan, sul do país, no pé da Cordilheira dos Andes. Entre os vários atrativos do local, um me chamou mais a atenção: os cães da neve, que são uma mistura de husky siberiano com lobo chileno.
Lá eles puxam um trenó de neve durante a temporada de inverno, que vai de julho a setembro. São seis para carregar no máximo um adulto e duas crianças e o passeio dura 15 minutos, começando a cada hora. Ou seja, eles trabalham 15 e descansam 45.
Eu, particularmente, sou contra todo e qualquer tipo de trabalho animal, por isso fiquei um pouco incomodada. Por sorte não havia neve suficiente para eles caminharem sem afundar as patas, portanto fomos apenas conhecê-los.
Mal cheguei perto e fiquei emocionada. Eles são lindos, enormes, peludos e muito, muito dóceis. Tentei agradar um deles, que se assustou e encolheu a pata para que eu não tocasse.
Enquanto eu agradava os outros, duas meninas pulavam de um lado para o outro tentado fazer o mesmo. Percebi que elas estavam incomodadas com os flocos de neve que cobriam os pelos dos cães. Limpavam, limpavam mas não adiantava. Continuavam cobertos. Mas devo confessar que ver eles ali, sentados, calminhos e com flocos bem branquinhos sobre o focinho foi uma das imagens mais lindas que já vi.
Segundo o criador, os cachorros são muito bem tratados. Moram em uma casa construída especialmente para eles e durante o verão não fazem nada, apenas ficam por lá. Todos são treinados e são chamados pelos nomes: Jack, Tonka, Menus, Nanus, Kim e Chica.