Quem tem acompanhado as campanhas dos candidatos a prefeito e vereador deve ter percebido que muitos incluíram os animais em suas pautas. Dos que vi até agora, além do Ratinho Júnior e do Gustavo Fruet – que criou o Comitê de Proteção Animal – pelo menos três vereadores distribuem panfletos falando sobre pets.
Claro que isso é, para defensores e amantes de animais, uma vitória, já que nas últimas eleições eles nem sequer eram citados. Entretanto, o que parece é que é mais uma estratégia de campanha – já que proteção animal encabeça hoje a lista de desejos da classe média – do que uma preocupação real.
De qualquer forma, infelizmente não tem como saber se, mesmo como estratégia, as promessas podem virar realidade. Pessoalmente acho que, de fato, é isso que importa: que saia do papel e que resolva um problema que a sociedade não dá conta sozinha, independentemente da intenção original.
Se finalmente o poder público se preocupar com os bichos, em primeiro lugar é necessário um serviço que os recolha e abrigue que funcione de verdade. Ou seja, retire da rua, trate, castre o animal e o encaminhe para adoção. Depois , uma clínica veterinária gratuita para atender quem não tem condições de pagar pelo tratamento, como acontece há pouco tempo em São Paulo. Afinal, uma das causas do abandono é que o animal fica doente e o dono, sem ter como tratá-lo, larga-o na rua.
Não me parece que sejam questões difíceis de serem resolvidas. Com exceção do hospital, o custo dos outros serviços não é tão elevado assim e não demora tanto para implantar. É só uma questão de boa vontade.