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O Brasil está cheio de ONGs de proteção animal, felizmente. É muita gente pelo país preocupada em proteger os animais dos maus-tratos. Por isso, mesmo gostando do assunto, fica difícil saber de tudo que está rolando nesse universo.
Em geral essas ONGs passam por um aperto danado. É muito bicho abandonado ( gasto alto com veterinário, medicamento e comida), pouca ajuda e pouca gente para adotar. Por isso a coisa mais comum do mundo é elas viverem no vermelho e com condições de atendimento bem precárias.
Mas, para minha surpresa, descobri uma que parece viver uma realidade diferente da grande maioria: a Clube dos Vira-Latas, que fica em Ribeirão Preto, São Paulo. Li sobre ela em uma matéria da Folha de São Paulo (http://dev1.folha.uol.com.br/saopaulo/2014/01/1394561-ong-de-adocao-que-ja-ajudou-mais-de-7500-caes-tem-test-drive-de-animais.shtml). Gostei tanto do que vi que fui pesquisar.
Entrei no site da ONG (www.clubedosviralatas.org.br) e, mais uma vez, fiquei surpresa. Por lá a coisa parece funcionar muito bem. O espaço é grande e limpo (os canis são bem organizados e pintadinhos), há uma clínica boa (tem até uma enfermaria com 12 leitos), muitos voluntários e, o melhor, um sistema de adoção bastante eficiente. Tanto que em treze anos foram mais de 7 mil animais adotados.
Eu ainda não consegui entrevistar a responsável pelo Clube (assim que conseguir farei um novo post contando qual o segredo). Mas pelo que deduzi, o trabalho dele dá muito certo porque há bons patrocinadores. Claro, infelizmente a fórmula para manter uma ONG que dá tanta despesa só podia ser o dinheiro. Como conseguiram boas parcerias (uma delas é o Guaraná Antártica), ficou mais fácil fazer tudo funcionar bem, sem viver naquele aperto bem comum entre as ONGs do ramo, que vivem implorando por doação de ração.
Sinceramente, de tudo que já vi por aí, a Clube do Vira-Latas parece um paraíso. Que sirva de exemplo – e inspiração – para todas as redes de proteção.