O brinde é mais que um simples gesto. É um ritual repetido em todo o mundo e em diferentes culturas. Nem sempre envolve o tilintar dos copos juntos. Um simples acenar com a cabeça ou o levantar do copo serve também. Mas uma coisa é certa: sempre acompanha um desejo ou uma comemoração. Saúde, felicidade, sucesso ou mesmo um “vencemos” estão lá. Dentro do copo são servidas bebidas das mais variadas. Então, por que não levar a cerveja para ceia de Natal ou Réveillon nesse final de ano?
Cervejas do estilo Bière Brut são ótimas para brindar. Depois de prontas elas passam pelo método champenoise, o mesmo dos melhores espumantes. Ou seja, são refermentadas na garrafa e passam por um longo processo de maturação chamado remuage. Durante meses a garrafa é girada e inclinada aos poucos, direcionando a levedura para o bico do recipiente. Ao final, a borra é congelada e faz- -se o degorgement, ou degola, retirando-se a rolha provisória e expulsando a levedura com a pressão da garrafa.
A Morada Cia. Etílica, cervejaria cigana de Curitiba, é referência na produção dessas cervejas e, recentemente, foi premiada até como produtora de espumantes mesmo. O rótulo Eu Borbulho Branco venceu na categoria Espumante Orgânicos, Naturais ou Biodinâmicos na 9ª Grande Prova de Vinhos do Brasil.
A Double Vienna Brut é a mais tradicional do portfólio, trazendo um toque de uvas verdes e vinificado para a base de maltes tostados típicos da cerveja base, a Double Vienna, que foi usada para dar origem a essa Bière Brut.
Em parceria com a cervejaria Narcose, de Capão da Canoa (RS), e a americana Stillwater Artisanal, a Morada também participou do projeto de uma versão de Bière Brut que flerta com o estilo Grape Ale, caracterizado pelo uso de uvas além dos maltes para fazer o mosto da cerveja (líquido açucarado que vai dar origem à bebida). Trata-se da Wine Drop, que leva 30% de mosto de uvas Chardonnay e Moscato de Alexandria. Ela tende mais aos sabores do vinho do que da cerveja, trazendo toques de uvas verdes, vinho branco, pêssegos, além de um final seco e sutil nota de couro das leveduras selvagens.
Outro exemplar que não dá para não citar é a belga Deus - Brut Des Flandres, que é a primeira cerveja a usar esse método no mundo. Feita à partir da Tripel Karmelit, tem aromas e sabores bastante particulares lembrando manjericão, alecrim, frutas brancas, como uvas-verdes e peras.
A gente sabe. O ano foi difícil. Mas talvez por isso mesmo a gente precise de um brinde em grande estilo para dizer: “vencemos 2020”!
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