Algumas provas do atletismo da Rio-2016 tem terminado com atletas estatelados no chão. Mas não é só por falta de equilíbrio ou cansaço. Competidores estão se jogando de propósito na linha de chegada em busca de décimos de segundo preciosos.
Dar o famoso ‘peixinho’ não é irregular. O que vale é o momento em que o tronco dos atletas cruza a linha final e não os pés. A estratégia já valeu uma medalha de ouro na Olimpíada. Na final dos 400m rasos para mulheres, Shaunae Miller, de Bahamas, superou Alysson Felix, dos EUA, ao se jogar na chegada: terminou com o tempo de 49s44 contra 49s51 da rival.
“Fiquei com vários cortes, arranhões. Na chegada, só tinha na minha mente que precisava do ouro. Quando vi, estava no chão depois de me jogar”, contou
O brasileiro João Vitor de Oliveira é especialista nos peixinhos. Ele já adotou o artifício em várias competições repetiu nos Jogos de 2016. Nas baterias preliminares, se jogou na reta final e conseguiu o melhor tempo da vida (13s63) e uma vaga na semifinal. Ele disse que já fraturou o pé e as costelas por causa da ‘ousadia’, mas não se arrepende.
“Se eu sinto a necessidade de me projetar, eu faço e vou continuar fazendo. Isso aqui é Olimpíada, corrida séria, não é brincadeira, tem que dar o melhor, fazer o melhor e correr para valer. Tem que ter vibração, é um show. Todo mundo quer ver um show”, defendeu o atleta em entrevista ao SporTV.
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