Ao que parece nesse início da Rio-2016, o padrão torcedor-Olimpíada, do “sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”, que contagiou as arquibancadas das arenas na Copa de 2014, ainda não apareceu. O que se tem visto até aqui é a velha torcida de futebol em ação nos esportes coletivos como basquete, handebol e até no próprio futebol.
Na derrota para a Lituânia na estreia da seleção masculina de basquete neste domingo (7), os torcedores não pararam de empurrar o time um segundo. Mesmo com a equipe do técnico Rubén Magnano chegando a ficar atrás do placar por uma diferença de 30 pontos, o barulho da arquibancada, que chegou a atrapalhar os jornalistas que trabalhavam na partida, era o “Ah, eu acredito”, que a torcida o Galo consagrou na conquista da Libertadores de 2011.
A vitória histórica de sábado (6) do handebol feminino de Angola diante da Romênia de Cristina Neagu, atual melhor jogador do mundo, lembrou, as arquibancadas de estádio de futebol. O mérito do resultado foi todo das jogadoras africanas. Mas a torcida pegou uma pontinha desse crédito, adotando a equipe, em especial a goleira Teresa Almeida, a Ba, que mesmo com seus 98 kg foi o destaque da partida, parando o potente ataque romeno.
Ainda no handebol, os brasileiros levaram para a partida entre Argentina e Suécia a rivalidade com o país vizinho. A todo instante as duas torcidas trocavam provocações com musiquinhas sobre quem é maior: Pelé ou Maradona.
Na goleada de 5 a 1 da seleção feminina diante da Suécia, a galera do Engenhão usou da ironia. Ao grito de “ah, Marta é melhor que Neymar”, a torcida demostrou carinho pela craque veterana, mandou um alerta para o marrento astro do Barcelona e mostrou que no futebol, mais do que em qualquer outra área, a zoeira nunca pode ter fim.
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