A Gazeta do Povo desta terça-feira traz um debate imperdível sobre a relevância do aborto como tema na campanha eleitoral. O assunto surgiu graças à recente declaração do pré-candidato à presidência da república Eduardo Campos (PSB), de que é contrário ao aborto e que a atual legislação já seria adequada. Este blogueiro, obviamente, assume posição favorável à discussão sobre a imoralidade do aborto em qualquer ambiente. Na prática, só evita esse debate o político que apoia o ato perverso de uma mãe matar o próprio filho dentro do ventre, e sabe que perderá muito do apoio popular se expressar essa posição de forma clara. O receio é compreensível. Afinal, o apoio à legalidade do assassinato de bebês indefesos é hediondo o bastante para envergonhar profundamente a qualquer um.
Confiram um trecho do artigo escrita pela doutora em Biologia e presidente da ONG Brasil Sem Aborto, Lenise Garcia:
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No Brasil, temos a experiência de que na maioria dos partidos há políticos tanto contrários como favoráveis à legalização do aborto. Para alguns, esse seria um argumento para deixar-se o assunto, considerado “convicção pessoal”, fora do debate das eleições. A meu ver, ocorre justamente o contrário. Se não podemos saber, pela simples filiação partidária, o posicionamento de um candidato, é necessário que ele o manifeste, e isso vale principalmente para os cargos majoritários.
Como eleitores, temos o direito de conhecer o pensamento dos candidatos em questões éticas. Este é um fator crucial para a decisão do nosso voto. A prioridade dada aos direitos humanos, a temas de vida e família, é mais crucial para os rumos do país que aspectos econômicos. Por mais que possam ser temas espinhosos, inclusive dentro de seu próprio partido, é preciso que os candidatos se posicionem, e isso certamente lhes será cobrado nos debates em que a população tenha voz.
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