Marcha pró-vida na Praça de Armas, em Santiago (foto: Red por la Vida y la Familia)| Foto:
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Na semana passada, a Câmara de Deputados do Chile aprovou, de novo, o dia 25 de março como “Dia da criança por nascer”. Os leitores do Blog da Vida conferiram em maio a primeira notícia sobre a aprovação da data, no entanto, uma manobra de parlamentares contrários à proposta conseguiu a anular a primeira votação, que teve de ser refeita no dia nove de setembro. A estratégia parece não ter dado certo. A proposta foi aprovada mais uma vez, e agora com um placar ainda mais largo do que o obtido na primeira votação.

A história desse projeto começou em 1999, quando organizações pró-vida começaram a promover a ideia de uma data para celebrar o nascituro no país. Passaram-se dez anos até que o senador Jaime Orpis apresentasse o projeto de lei, em 2010. O texto, de apenas um artigo, foi aprovado por unanimidade pelo senado chileno já no ano seguinte.

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Assustados pelo que consideraram uma recepção “positiva demais”, parlamentares defensores da liberação do aborto no país se organizaram para derrubar a proposta na Câmara dos Deputados. Duas comissões pediram para estudar o projeto. Na Comissão de Direitos Humanos a oficialização da data foi rechaçada por um voto de diferença. Na Comissão da Família, entretanto, foi aprovada por ampla maioria.

Quando enfim chegou ao plenário, em maio deste ano, o placar foi de 55 votos a favor do projeto e 34 contra. O resultado, contudo, foi considerado inválido graças a um recurso reclamando uma “indicação não tramitada”, uma espécie de substitutivo que pretendia trocar o nome da data. Ao invés de se chamar “Dia da criança por nascer”, seria “Dia da mulher grávida e da adoção”. A estratégia era tirar o foco do nascituro, o que foi amplamente assumido pelos promotores da substituição.

Quando chegou o dia 9 de setembro, o substitutivo foi apreciado e considerado “inadmissível” pela presidência da Câmara, já que, obviamente, o novo nome não correspondia à ideia da proposta original. Então, chegou a hora de votar novamente o projeto já aprovado em maio, e o resultado surpreendeu. Dessa vez, foram 59 votos a favor e 27 contra.

Segundo analistas locais, o máximo que os promotores do aborto conseguiram em sua empreitada foi aborrecer o bastante alguns deputados indecisos até o ponto em que estes resolvessem passar para o lado pró-vida.

O Chile se consagra, assim, como um dos países mais seguros do mundo para um ser humano ser gerado e nascer, já que possui a mais baixa taxa de mortalidade materna da América Latina e uma legislação sólida quanto à proteção jurídica da vida desde a concepção.  No país, não há exceções não puníveis para o crime do aborto.

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