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O professor de Ciência Política da Universidade Michigan Michael J. New publicou um artigo na versão eletrônica da revista National Review no qual resume a cobertura da mídia norte-americana sobre o aniversário de 40 anos da legalização do aborto nos Estados Unidos, que foi lembrado na terça-feira (22). Para ele, com poucas exceções, a imprensa do país não teve como deixar de mostrar o pessimismo que paira sobre movimento pro-choice (a favor da legalidade do aborto) quanto ao seu futuro, especialmente no que diz respeito à falta de jovens.

New cita vários artigos que abordaram o tema, como a matéria da revista Time, do qual o Blog da Vida já tratou, um artigo do Washington Post e um do The New York Times . Segundo o professor, embora os partidários da legalidade do aborto estejam satisfeitos com a reeleição de Barack Obama, parecem cada vez mais preocupados com o desinteresse de uma faixa etária que já foi sua principal geradora de militantes.

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Conforme conta, quando Nancy Keenan, uma influente ativista defensora do aborto anunciou sua aposentadoria no ano passado, ela expôs publicamente a dificuldade de atrair a nova geração. Segundo dados da própria organização que dirigia, a National Association for the Repeal of Abortion Laws, os jovens que se declaram pró-vida tendem a se engajar mais e considerar a questão do aborto mais importante do que os atuais jovens que se consideram pro-choice.

Ele cita ainda outra pesquisa, feita pelo General Social Survey (GSS), que trabalha com estatísticas demográficas, e faz as mesmas perguntas sobre a legalidade do aborto desde a década de 70. Esses questionários mostram que entre 1970 e 1980, os adultos jovens que se diziam pro-choice foram significativamente superiores numericamente. Mas, nas pesquisas feitas entre 2000 e 2006, a mesma faixa etária tende mais para o lado pro-life.

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Ainda sobre os 40 anos de Roe versus Wade, manifestações locais de organizações pró-vida ocorrem em todos os estados norte-americanos desde segunda-feira, mas o momento mais esperado pelo movimento é a 40ª edição da March for Life, em Washington DC, na sexta-feira.

Na carta de apresentação do evento, os dirigentes da marcha, Jeanne Monahan e Patrick Kelly, explicam porque escolheram uma equação matemática como símbolo do evento (confira imagem acima):

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“Nosso tema inclui uma equação (40 = 55M), para significar que, nos 40 anos desde Roe versus Wade, 55 milhões de seres humanos perderam suas vidas para o aborto. Cinquenta e cinco milhões é quase a população da Califórnia e Nova York juntas. Claramente, o aborto é o abuso contra os direitos humanos da atualidade, e nosso tema esse ano reflete essa realidade” (tradução livre).

Versões locais do que seria a March for Life também acontecem no Brasil, em diferentes datas e com diferentes organizadores. Em Fortaleza, a última foi realizada em 11 de novembro de 2012, promovida pelo Movimento em Favor da Vida. Em Brasília, a 5ª edição da Marcha Nacional da Cidadania pela Vida foi organizada pelo Brasil Sem Aborto, em 26 de junho do ano passado.