Impulsionados pelos recentes avanços na Espanha, os franceses foram às ruas de Paris no último domingo (19/01) para uma Marcha pela Vida histórica. O estopim da marcha foi a proximidade da votação de um projeto de lei que pode ampliar ainda mais o número de abortos no país.
O foco do impasse na França está no que é chamado de “conceito de angústia”, um elemento da legislação local que ajuda a restringir a banalização do aborto, impedindo, por exemplo, que a eliminação de bebês não nascidos seja adotado como mera alternativa a métodos anticoncepcionais para se livrar da gravidez. O projeto em debate pretende eliminar esse conceito.
Apoios
A marcha contou com apoios importantes. O papa Francisco, por meio do núncio apostólico da França, monsenhor Luigi Ventura, convidou os participantes do evento a “manter viva sua atenção por um tema tão importante”, informou o jornal Le Figaro. Quem também marcou presença foi Norma McCorvey, mais conhecida como Jane Roe, protagonista do caso jurídico que liberou o aborto nos Estados Unidos. Como o Blog da Vida já contou, Jane se arrependeu publicamente de sua atuação no processo, admitiu ter mentido e hoje é ativista pró-vida.
Os números da marcha são bastante contrastantes dependendo da fonte. Nas agências internacionais, os organizadores falam em 40 mil e a polícia estima em 16 mil. Mesmo o palpite mais pessimista é um recorde para a realidade francesa, onde ainda não há uma tradição pró-vida tão sólida quanto a firmada pelos espanhóis. Os ibéricos aliás, compareceram em peso. As fotos mostram que a bandeira da Espanha foi uma constante entre os participantes. Sites pró-vida também citam a participação de manifestantes vindos da Holanda, Polônia, Itália, Irlanda, Portugal e Alemanha.
*****
Curta a página do Blog da Vida no Facebook.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura